Governo cria programa para aumentar competitividade do gás natural

Governo cria programa para aumentar competitividade do gás natural
Governo cria programa para aumentar competitividade do gás natural

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um programa para aumentar a competitividade do setor de gás natural do país. A medida foi debatida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em reunião nesta sexta-feira (17) with the presence of President Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Silveira, um grupo de trabalho vai discutir como vai funcionar o programa, que se chamará Gás para Empregar.

“Visa um processo de reindustrialização nacional através do gás, não só do pré-sal, mas de todas as petrolíferas que exploram a costa e que, por razões puramente económicas, reinjetam esse gás”, afirmou. “Precisamos trazer este gás para aumentar a nossa oferta, para sermos mais competitivos ao nível do preço do gás natural, que sabemos ser essencial para a segurança energética e alimentar”, explicou o ministro.

Como exemplo, Silveira citou a produção de uréia, fertilizante nitrogenado utilizado na agricultura. A base de produção da uréia é a amônia, extraída, por sua vez, da combinação de hidrogênio e nitrogênio. O hidrogênio vem do gás natural.

“Não podemos admitir que o Brasil seja importador de 85% da nossa ureia, não somos competitivos na produção de amônia, que é a base da ureia brasileira. Sabemos o quanto é importante a nossa vocação para alimentar não só os brasileiros, mas o mundo inteiro, e o quanto isso é importante para nossa moeda e nossas exportações”, destacou.

Segundo ele, está sendo elaborada medida provisória para ampliar o objeto social da Pré-Sal Petróleo SA (PPSA), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia que administra contratos de partilha de produção e comercialização de petróleo e gás. natural da União.

“Uma MP será processada para que possamos fazer o trocar (troca) do óleo diesel que já é da União pelo gás natural e assim aumentar a condição de ter mais gás no Brasil, reindustrializando e garantindo a segurança energética”, afirmou.

Ele explicou que a União vende sua parcela de gás, “na boca do poço em alto mar”, por US$ 2 por milhão de BTU (unidade de medida de consumo de gás natural), que é vendido para a Petrobras, no mercado, por US$ 16 “Porque não temos um instrumento para vender o gás e a Petrobras desde há muitos anos desdenha dessa política do gás”, argumentou. “Vamos abordar essa questão de energia e segurança alimentar também por meio do gás, além de outras fontes, principalmente as renováveis”, acrescentou.

Foto de © Marcelo Camargo/Agência Brasil
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