Aumentar limite de faturamento para MEI, micro e pequenas empresas é “prioridade número um”, diz presidente da Frente Parlamentar de Comércio e Serviços

A atualização do teto enquadrado no Simples Nacional para as micro e pequenas empresas e para o Microempreendedor Pessoa Física (MEI) é a “precedência primária” do Regimento Parlamentar de Defesa do Comércio e Provedores (FCS), afirmou o deputado federal Domingos Sávio (PL– MG) para o Brasil 61.

Domingos Sávio é o participante desta versão da Entrevista Brasil 61. Presidente do FCS, o parlamentar diz que a entrada vai caracterizar, no Congresso Nacional, os setores que, coletivamente, respondem por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) da nação.

E uma das primeiras iniciativas que a portaria pretende realizar é a substituição do limite que MEIs, microempresas e pequenas empresas podem faturar anualmente. Essa é uma das reivindicações essenciais dos pequenos empresários, porque a última substituição ocorreu em 2018 e, desde então, o teto permanece o mesmo, mesmo com a inflação de 31% acumulada no intervalo.

O deputado federal também reconheceu que trabalhará para simplificar as obrigações tributárias acessórias às quais as empresas precisam se adequar, ou seja, pessoas que transcendem o pagamento de impostos. Além disso, defendeu a desoneração da folha de pagamento e o desconto das fichas para abertura de empresas – dois dos mais importantes entraves à geração de empregos.

A reforma tributária também foi tema do diálogo. Sávio elevou o tom contra a ideia de cobrança única do Imposto sobre Mercadorias e Empresas (IBS) de 25%, o que, na sua opinião, é “absurdo” e provocará um aumento na carga tributária sobre comércio e empresas, juntamente com um processo inflacionário.

Confira a entrevista abaixo:

Brasil 61: Quais são as prioridades da Entrada Parlamentar em Proteção ao Comércio e Provedores?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “Nossa entrada parlamentar tem uma dedicação muito clara à fase que mais gera empregos e renda no Brasil. Quase todas as pessoas, ao longo do dia a dia de suas vidas, trabalham em conjunto com comércio e empresas. É esse setor que produz muitas riquezas e itens para o Brasil quer ilustração. E é assim que vamos trabalhar: defendendo o empresário, aquele que tem coragem de abrir seu empreendimento, recorrer a alguém e ajudar nossa nação a seguir em frente”.

Brasil 61: O teto para MEIs, microempresas e pequenas empresas permanecerem no Simples não é atualizado há 5 anos. Qual é o ponto de entrada em uma avaliação factível dessa restrição?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “Está entre nossas prioridades rápidas. Não precisamos esperar a reforma tributária para resolver esse impasse, que já deveria estar resolvido. Quem tem uma micro e pequena empresa, quando chega no meio do ano, já esgotou seu limite. Não é nem menos que desenvolvimento. É por causa da inflação. Com teto defasado de faturamento, essa fase está sendo severamente prejudicada e o sistema financeiro brasileiro está sendo prejudicado. Essa é a precedência primária: corrigir os limites das micro e pequenas empresas e do MEI. Temos que nos apropriar disso com urgência. É uma alta precedência”.

Brasil 61: A entrada pretende atender o PLP 108, que corrige esse teto, foi homologado pelo Senado e agora quer avaliação na Câmara?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “Temos algumas iniciativas às quais nos dedicamos, como a PLP 178/2021, que traz com a simplificação da forma de emissão de notas fiscais uma padronização para todo o Brasil. deveres burocráticos a partir de apontamentos em livros diversos, que muitos empresários, principalmente os pequenos, não conseguem perceber e, quando o fiscal chega, embora o contribuinte tenha pago todos os impostos, sabe que vai se encontrar ser multado por algum tipo de obrigação acessória. Isso pode ser um pesadelo na vida do bairro empresarial brasileiro. Simplificar isso é essencial e já conseguimos na frente, já credenciamos na Câmara, agora é só aprovar no Senado”.

Brasil 61: A entrada vai reduzir os formulários necessários para abrir uma organização no Brasil?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “Sem dúvida. Temos que incentivar aqueles que podem gerar empregos e, no Brasil, é o outro. Começando com um fator absurdo que é esse imposto sobre a folha de pagamento, ou seja, o excesso de pessoal que você tem, o imposto a mais que você paga sobre a folha de pagamento. Então, é obrigatório desafogar a folha de pagamento. Isso pode ser um desincentivo à criação de empregos. Além disso, temos agora uma infinidade de impostos, uma forma horrível. Precisamos simplificar a vida desde o momento da abertura da empresa, mas principalmente no processo tributário”.

Brasil 61: Por falar em reforma tributária, qual é a sua avaliação das propostas que foram mencionadas nos dias atuais?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “A frente, uma das muitas prioridades e já estamos empenhados nela é estarmos atentos para que a reforma tributária aconteça para melhorar e não piorar. Todo mundo entende {que uma} reforma tributária é necessária no Brasil. Queremos não apenas reduzir a carga tributária, que é exagerada, mas sim simplificar a relação do Estado com o contribuinte. Agora, o perigo em uma reforma tributária é que você fica ainda pior instantaneamente e estamos ouvindo algumas questões com as quais não podemos nos contentar em nenhuma circunstância”.

Brasil 61: Quais são as principais questões que você tem visto no contato com os setores de comércio e empresas?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “Estamos falando de uma taxa única de 25% para todas as operações. Eu digo que é um absurdo. Efetivamente, não faria sentido. Pense, por exemplo, na área de treinamento, na área de bem-estar, aumento de empresas médicas, hospitais. Pense em todas as empresas que podem ser abastecidas, comércio, você adiciona 25% como uma única carga nesta fase que, como falamos, paga cerca de 5%, normalmente menos do que isso. Estamos atentos, esperamos que isso não seja apropriado. Há uma preocupação por parte de uma parcela muito grande de lojistas e fornecedores de reparos de que nos encontramos terminando uma reforma que vai aumentar demais os impostos, inviabiliza, sufoca alguns setores. Pode até desencadear um processo inflacionário. Assim desejamos ter agora cargas totalmente diferentes para diversas realidades. Isso é algo crucial”.

Brasil 61: Um estudo divulgado esta semana pela Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL) mostra que, em comparação com o intervalo entre 2000 e 2013, a expansão do comércio varejista desacelerou na última década, especialmente no período de recessão entre 2015 e 2016. e a restauração que estava abaixo do método foi prejudicada. O que fazer para divulgar o comércio dentro do país?

Federal Deputy Domingos Sávio (PL–MG): “Aqui, ao contrário de outros países, onde muito se reclama sobre o abuso do consumismo, não. Infelizmente no Brasil ainda temos centenas de milhares de brasileiros que não comem como gostariam. Temos pessoas passando fome. O consumo no Brasil não pode ser punido. Ela precisa ser estimulada e uma das formas mais simples é estarmos atentos para que tenhamos agora uma maior distribuição de receita. E como se distribui a receita em um campo que deseja se desenvolver? Não é só dar o Bolsa Família. Isso alivia a pobreza absoluta. A distribuição de receita perfeita é um trabalho. E como você vai usar as pessoas? Não parando o sistema financeiro. Se você aumentar os impostos, acabará com o sistema financeiro. Se você dificultar a pontuação de crédito, se as taxas de juros permanecerem altas, isso desacelerará o sistema financeiro. Se o governo federal é uma autoridade perdulária, irresponsável, vai precisar custear impostos extras, deveria aumentar as taxas de juros para que possivelmente continue tirando dinheiro do mercado para financiar seu déficit público. Isso é r elementar”.

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Com informações de Brasil 61

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