Bioeconomia pode agregar US$ 284 bilhões por ano à receita industrial até 2050

Um estudo feito pela Filiação Brasileira de Bioinovação, em parceria com o Serviço Nacional de Estudos Industriais (Senai), aponta que o evento da bioeconomia pode agregar US$ 284 bilhões por ano ao faturamento industrial até 2050.

Na cotação atual do dólar, acima de R$ 5, isso é cerca de R$ 1,5 trilhão, equivalente a 15,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrado nos últimos 12 meses. Em observação, a pesquisa aponta que, se o país fizer a “lição de casa”, os negócios poderão faturar mais de R$ 40 trilhões nos próximos 27 anos apenas com a bioeconomia.

“Este estudo avaliou uma situação em que havia a biomassa como principal fonte de energia, considerando que o Brasil é um grande produtor de biomassa. Depois criamos outra situação com o uso de ciências aplicadas para gerar mercadorias com alto valor agregado. Então, isso não é uma previsão, mas uma avaliação da situação. Se o Brasil fizer o dever de casa, tem a atitude de produzir toda essa melhoria”, explica Thiago Falda, presidente da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI).

Coordenado pelo professor da Faculdade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutor em energia, Roberto Schaffer, o estudo envolveu a Embrapa, o Laboratório Nacional de Biorrenováveis ​​do Centro Nacional de Análise em Energia e Suprimentos (CNPEM), o Centro de Poder Econômico e Ambiental (Cenergia) e Instituto Senai de Inovação.

Em resposta ao levantamento, a preparação do país exige a adoção de medidas para reduzir a emissão de gases potencializadores do efeito estufa, a consolidação da posição da biomassa na matriz elétrica e energética e o aprofundamento das ciências aplicadas em biorrenováveis.

Jorge Nogueira, professor de economia com ênfase em entorno e fontes puras da Faculdade de Brasília (UnB), diz que há um acervo de componentes na natureza que, com o uso intensivo de análise, ciência e know-how aliados à uma cadeia produtiva bem equilibrada, organizada, pode gerar mercadorias de alto valor disponíveis no mercado. “A Amazônia tem uma biodiversidade imensa. Tem potencial de bioeconomia, de tirar mercadorias da natureza e transformá-las em mercadorias úteis para o ser humano? Sim. O que ele quer? Nível um: análise, análise e análise”.

Para que o faturamento extra realmente aconteça, segundo a pesquisa, podem ser necessários investimentos da ordem de US$ 45 bilhões até 2050, algo em torno de R$ 236 bilhões.

“Só podem ser valores reais se fizermos investimentos no momento. Só teremos riqueza mais cedo ou mais tarde se gastarmos dinheiro no presente. Isso requer treinamento e qualificação de fontes humanas, bons laboratórios, bons salários, maior variedade de pesquisadores, que isso seja uma prioridade. E isso não custa zero. Você inclui um possível de US$ 250 bilhões, mas para conseguir isso, neste momento, nos próximos dez anos, temos que fazer investimentos de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões”, destaca o profissional.

Alternativa

Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNI), o Brasil tem a maior biodiversidade do planeta, com cerca de um quinto de todas as espécies reconhecidas. Esse potencial dá à nação a chance de orientar o mundo dentro da agenda da bioeconomia, explica Thiago Falda.

“Nenhum negócio foi desenvolvido no Brasil. O mundo está passando por uma revolução industrial e o Brasil está em pé de igualdade. Não é típico {que} uma nação em crescimento tenha a chance de participar em pé de igualdade em uma revolução industrial.

Em resposta à ABBI, “a bioeconomia engloba toda a cadeia de valor que é pautada por informações científicas superiores e a busca por melhorias tecnológicas dentro do software de fontes orgânicas e renováveis ​​em processos industriais para gerar rodada de exercício financeiro e lucro coletivo social e ambiental”.

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Com informações de Brasil 61

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