Caixa registra lucro de R$ 9,2 bilhões em 2022
A Caixa registrou lucro líquido de R$ 9,2 bilhões em 2022, lucro líquido contábil de R$ 9,8 bilhões e patrimônio líquido de R$ 122,6 bilhões, o que representa um aumento de 9,9% em 12 meses, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (23). pelo banco. Segundo os dados, o saldo da carteira de crédito total era de R$ 1 trilhão, com crescimento de 16,7% em relação a 2021, com saldo de R$ 637,9 bilhões na carteira de crédito imobiliário (+ 13,6%).
Foram registrados R$ 509,8 bilhões na originação total de crédito, com crescimento de 16,6% em relação a 2021; R$ 161,7 bilhões em crédito imobiliário, representando crescimento de 15% em relação a 2021; R$ 91,2 bilhões em contratos de crédito imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), com crescimento de 10,1% em relação a 2021; R$ 70,5 bilhões em crédito imobiliário do FGTS, representando crescimento de 22,2% em relação a 2021.
Segundo o vice-presidente de Finanças e Controladoria da Caixa, Marcos Brasiliano Rosa, o resultado do banco não é medido exclusivamente pelo lucro, mas pela forma como entrega resultados à sociedade e pelo papel que desempenha no desenvolvimento do país ao emprestar recursos para todos.
Ele destacou que no ano passado o banco pagou R$ 308,9 bilhões em benefícios sociais, R$ 123,8 bilhões em benefícios do INSS (crescimento de 9,1% em relação a 2021), R$ 111,4 bilhões em benefícios do Auxílio Brasil (crescimento de 345,7% em relação a 2021). “São números expressivos que eu olho não pelo valor, mas pela quantidade de famílias que foram atendidas e pela Caixa conseguiram até se manter”.
O balanço mostra saldo de R$ 231,0 bilhões em crédito comercial (17,9% sobre 2021); saldo de R$ 102,5 bilhões em crédito consignado (22,8%); saldo de R$ 99,3 bilhões em crédito de infraestrutura (5,7% a mais que em 2021); saldo de R$ 44,1 bilhões em crédito ao agronegócio, com crescimento (alta de 167,5% sobre 2021) e mais de R$ 1,2 trilhão em captações totais, com destaque para a poupança, que teve 36,1% de market share, mantendo a liderança do segmento.
“O ano de 2022 foi bastante complexo e polêmico para a Caixa, pois passamos pela maior crise reputacional dos últimos anos por ter o principal diretor da instituição acusado de práticas de assédio sexual e moral. Na gestão anterior, vivenciamos um processo de desmonte do banco a partir da venda de seus ativos, alta rotatividade de funcionários em cargos de gestão e descontinuidade nas ações de planejamento do banco e em seu plano orçamentário devido à adoção de programas polêmicos que geraram prejuízos” , avaliou a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano.
Ela explicou que o lucro maior nos anos anteriores se deveu à venda de ativos, cenário que não deve se repetir na atual gestão. “Não é nossa intenção vender os ativos do banco, privatizar ou abrir o capital do banco. Nossa intenção é manter a Caixa como uma empresa pública rentável, com sustentabilidade e focada no desenvolvimento do país. A partir de 2023, a Caixa voltará a ser fundamental como instituição pública para o desenvolvimento do país”, reforçou.
Serrano destacou que entre as ações em andamento para reerguer o banco estão as revisões do planejamento estratégico, dos planos de negócios e orçamentário. Ela destacou a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida na sala de atendimento especializado para municípios e estados com o objetivo de aproximar a Caixa das necessidades locais, já que o banco é o maior investidor em programas de saneamento, habitação e infraestrutura.
Serrano mandou um recado aos clientes da Caixa dizendo que o banco é sólido, seguro e confiável. “E sabemos da necessidade de melhorar o atendimento. Todos os esforços serão envidados para garantir a excelência no atendimento aos clientes e à população atendida pelos programas sociais. Esse será o nosso objetivo nos próximos anos”.