ESG: 78,4% das empresas brasileiras já aderiram à agenda, aponta Pacto Global da ONU

Uma pesquisa realizada pelo Pacto Mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil revela que 78,4% das empresas do país já adotaram a agenda ESG. Essa é a sigla paraambientalsoficial e gadministração, que em português significa ambiental, social e governança. Esta iniciativa representa um conjunto de práticas e apólices de seguro que as empresas podem adotar para divulgar a sustentabilidade e o dever social nas empresas.

O estudo também destaca a principal explicação de por que as organizações adotam a agenda ESG de suas operações. Entre as várias causas principais está a prioridade com os impactos ambientais e a promoção de um sistema financeiro sustentável. No entanto, a pesquisa mostra que para 70% dos negócios a maior influência tem sido a reputação e a imagem, conforme definido pela supervisora ​​de dados do Pacto Mundial da ONU no Brasil, Gabriela Rozman.

“Isso porque os clientes hoje estão exigindo mais do que mercadorias, fornecedores (empresas) que não são única e totalmente voltadas para o lucro, mas que também fazem uma contribuição social e ambientalmente responsável”, diz Rozman.

Uma das empresas do setor de alimentos que está envolvida com a sustentabilidade é a empresa brasileira Circulação de Refeições. O corporativo, inaugurado há três anos, nasceu com o objetivo da sustentabilidade como um em cada um de seus principais pilares. O CEO da Circulação de Refeições, Carlos Victor Mendes, explica que a empresa surgiu com a ideia de evitar o desperdício de alimentos. Realmente funciona da seguinte forma: ao solicitar, o cliente escolhe refeições e refeições que podem estar próximas do prazo de validade, e consegue um desconto não inferior a 50% no produto. Mendes explica que a preocupação com o meio ambiente pode ser um benefício agressivo para o empreendimento.

“Isso nos permitiu desenvolver uma organização com grande potencial, com imenso valor de escalabilidade, onde atuamos não apenas para conscientizar as pessoas sobre a importância do combate ao desperdício, da importância da sustentabilidade, mas também para mostrar à sociedade que sustentabilidade é a tempo, é o que queremos e que traz benefícios agressivos para qualquer empresa”, diz o CEO da empresa.

mudança de mentalidade

Embora as empresas que não fazem isso relatem não ter sofrido impactos desfavoráveis ​​por esse motivo ou sanções (67,4%), a pesquisa mostra que essa situação também pode estar mudando. Entre os entrevistados, 8,9% relataram ter perdido negócios ou clientes, 4,2% perdido valor de mercado e 3,7% tiveram problemas para acessar tensões de pontuação de crédito. Essencialmente, a influência desfavorável mais pronunciada foi a diminuição do engajamento dos trabalhadores e a questão da atração de expertise (13,2%).

“Embora observemos esses ajustes, eles ainda são pequenos, no entanto. Gostaríamos de mais ambição por parte das empresas para retrabalhar a realidade, novas ciências aplicadas, inovação e uma tradição mais coletiva e menos individualista. Ainda assim, pode haver muito espaço para evoluirmos”, diz Rozman.

De acordo com outra pesquisa sobre o tema, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cerca de 85% das indústrias brasileiras já aderiram ou pretendem implementar padrões ESG de seus processos produtivos. A pesquisa foi feita com mil empresários do setor.

Os empresários que referiram que a adoção dessas normas não faz parte da técnica ou não é deliberada a sua implementação nas empresas correspondem a apenas 13% dos inquiridos.

Outra informação necessária revelada pela pesquisa é que 9 em cada 10 empreendedores levam em consideração os padrões ESG essenciais para o seu empreendimento. Em pesquisa realizada em 2021, cerca de oito em cada dez empresários tiveram a mesma opinião em pauta.

A pesquisa aponta ainda que cerca de 65% dos industriais indicaram como primeira ou segunda possibilidade que iniciativas sociais, associadas à influência social sobre o grupo, são cruciais para suas empresas.

Qual é a agenda do ESG

De acordo com a professora e coordenadora do MBA em ESG do COPPEAD da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Flávia Maranho Ponce de Leon, a era ESG foi abordada pela primeira vez em uma publicação de 2004 da Pacto Mundial da ONU em parceria com a instituição financeira mundial, referido como Quem Cuida Ganha.

“Surgiu de uma provocação do secretário comum da ONU, Kofi Annan, aos 50 principais estabelecimentos monetários do planeta para replicar métodos para combinar componentes ambientais, sociais e de governança no mercado de capitais”, diz Leon.

De acordo com Leon, em muitos casos, o conceito de sustentabilidade – que vem com o sistema que compreende o ambiente, a sociedade e o sistema financeiro de forma integrada – foi apenas substituído pela sigla ESG, que interpreta uma perspectiva empresarial sobre esta técnica.

Com informações de Brasil 61

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