Confiança em serviços sobe 2,6 pontos em março, segundo FGV IBRE

Esse excesso é causado, de acordo com o FGV IBRE, pelo desenvolvimento da visão dos empresários do cenário atual e também das expectativas para os próximos meses. O presidente do Conselho da Fundação da Liberdade Econômica, Márcio Coimbra, explica que os empresários do setor estão redobrados com investimentos e contratações.

“É uma virada na confiança, que também pode ser traduzida pelas apólices de seguro do governo federal e trazendo uma nova âncora fiscal, uma nova autodisciplina fiscal e também uma expectativa de que o governo federal será capaz de enviar mecanismos que podem fazer girar o sistema econômico brasileiro. ”, aponta Coimbra.

A tendência de queda observada nos últimos 5 meses no Índice do Cenário Atual (ISA-S) foi interrompida com uma alta de 2,1 fatores, passando para 93,1 fatores. De acordo com a pesquisa, dois indicadores foram responsáveis ​​por esse avanço, que mede o volume da demanda atual elevada em 2,0 fatores (92,2 fatores), e que avalia o grau de satisfação com o atual cenário empresarial, que cresceu 2,1 fatores (93,9 fatores fatores).

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Independentemente do resultado positivo, o primeiro trimestre de confiança nos provedores foi desfavorável e com queda marginal. Com isso, já é o segundo trimestre de queda na confiança do setor, o que mostra o quadro de exercício mais fraco, de acordo com a pesquisa. As empresas oferecidas às famílias, que vinham apresentando uma recuperação mais forte, registraram quedas mais intensas no início deste ano.

A queda já foi sentida pelo empresário Lucas Sá, 29 anos. Ele tem uma hamburgueria na Asa Norte, em Brasília, há 4 anos. O empresário diz que a empresa ainda está se recuperando da pandemia, mas que o início dos 12 meses da empresa não foi bom.

“Nestes 12 meses o cenário não será bom. Já era um pouco antecipado em decorrência da estação chuvosa, os brasilienses viajam à beira-mar. Havia também o Carnaval, o que não era interessante para nós, nossas lojas estavam muito vazias. Acho que, por falta de caixa dos moradores, os comércios estão meio vazios”, diz Lucas Sá.

O dono da hamburgueria acredita que a escassez de caixa por parte dos potenciais clientes e a conseqüente queda na compra de energia é o que prejudicou o setor neste primeiro trimestre. “O valor das emissões continua subindo e o setor não consegue crescer da mesma forma, porque senão perde perspectivas”, diz.

Expectativas

O Índice de Expectativas subiu 3,0 pontos, atingindo 90,4 pontos, resultado ideal desde novembro de 2022. Esse índice mede o ângulo dos empresários do setor nos próximos meses (90,7 pontos). As influências para o resultado construtivo foram as perspectivas de demanda para os próximos três meses (+3,2 fatores) e o desenvolvimento do empreendimento para os próximos seis meses (+2,8 fatores), atingindo 90,3 e 90,6 fatores, respectivamente.

Coimbra diz que as perspectivas para os próximos meses dependem de alguns fatores, como a aprovação da âncora fiscal no Congresso Nacional e a aprovação da Reforma Tributária. “Caso esses caminhos sejam alcançados, seguiremos com a expansão do otimismo dentro do espaço dos provedores no Brasil. (…) Então tudo vai depender, principalmente, de dois fatores que podem ser importantes neste segundo: a novíssima âncora fiscal e a reforma tributária”, explica o presidente da Diretoria da Freedom Financial Basis.