BNDES vai destinar R$ 2,5 milhões para bioeconomia na Amazônia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinará R$ 2,5 milhões para apoiar projetos de bioeconomia florestal em cinco municípios com baixos indicadores socioeconômicos do Amazonas: Apuí, Itapiranga, São Sebastião do Uatumã, Lábrea e Carauari. A iniciativa contará ainda com mais R$ 2,5 milhões aportados por parceiros e será implementada pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), organização não governamental que desenvolve alternativas de conservação ambiental, desenvolvimento social e mitigação de muda o tempo.
Segundo o BNDES, os projetos deverão envolver manejo comunitário de florestas nativas nas cadeias de madeira, óleo vegetal e castanha-do-brasil e serão escolhidos por meio de chamada pública. Populações extrativistas, produtores familiares residentes em Unidades de Conservação e beneficiários de programas de reforma agrária poderão participar da seleção por meio de suas cooperativas e organizações sociais.
A produção resultante desses projetos poderá ser comercializada pela Inatú, marca coletiva de produtos amazônicos sustentáveis criada a partir de uma parceria entre o Idesam e associações e cooperativas. Fundada em 2019, a marca foi viabilizada com recursos do Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES.
Segundo o Idesam, o Inatú é gerido pelos próprios produtores e extrativistas, que conseguem ter acesso a processos produtivos mais modernos para o beneficiamento de insumos e chegar ao consumidor final por meio de parcerias com pequenas e médias empresas. Entre os produtos já disponíveis estão óleos de andiroba, café verde e breu, óleo de resina de copaíba e manteigas de cupuaçu e mururu.
As organizações selecionadas na nova chamada receberão assistência técnica. As atividades de capacitação beneficiarão 150 pessoas.
“Também serão realizadas ações que visam contribuir para a criação de uma cadeia de transformação de resíduos orgânicos dos processos produtivos de óleos e castanhas em bioplástico”, informa o BNDES. Segundo a instituição financeira, apoiar iniciativas que viabilizem atividades econômicas sustentáveis é a forma mais inclusiva e eficaz de reduzir a pressão sobre o bioma, ajudando a manter a floresta em pé.
Economia,BNDES,Amazônia,Sustentabilidade,Bioeconomia