Pix é a segunda forma de pagamento instantâneo mais usada no mundo
O Pix se tornou o segundo sistema de pagamentos instantâneos do planeta, divulgou nesta quarta-feira (19) o Banco Central (BC). Com 29,2 bilhões de transações em 2022, a modalidade detém 15% das operações desse tipo no mundo.
Os dados, informou o BC, foram sistematizados pela pesquisa Prime Time for Real-Time Report, realizada pelas empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData. Segundo o levantamento, apenas a Índia registrou mais operações de transferência instantânea do que o Brasil, com 89,5 bilhões de operações.
Apesar da predominância da Índia, que na semana passada ocupou o lugar da China entre as nações mais populosas, com 1,4 bilhão de habitantes, o Pix teve uma aceleração maior no ano passado. Em 2022, o número de transações por meio do Pix aumentou 228,9%, contra um aumento de 76,8% no sistema de transferência indiano.
Segundo o levantamento, completam a lista dos maiores mercados globais em número de transações, China, com 17,6 bilhões de transações (crescimento de 0,9%); Tailândia, com 16,5 bilhões de transações (crescimento de 63,4%) e Coreia do Sul, com 8 bilhões de transações (crescimento de 9,6%)
“Ao mostrar um panorama internacional, a obra mostra como o Pix é uma política pública de sucesso que está impactando positivamente a sociedade, trazendo eficiência e redução de custos para o país, e transformando a vida de milhões de pessoas e empresas”, disse Mayara Yano, assessor sênior do Departamento de Concorrência e Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central, em nota divulgada pela agência.
estimativas
A pesquisa também apresentou estimativas para o sistema de pagamentos instantâneos nos próximos quatro anos. De acordo com o estudo, o número de transações eletrônicas instantâneas em todo o planeta passará de 195 bilhões em 2022 para 511,7 bilhões em 2027. Segundo projeções, daqui a quatro anos os sistemas instantâneos representarão 27,8% de todos os meios de pagamentos eletrônicos do o mundo.
A pesquisa também mediu a média de transações mensais do Pix por pessoas com 15 anos ou mais. Segundo o levantamento, o Brasil ficou em quarto lugar em 2022, com cada pessoa realizando, em média, 14,2 operações por Pix a cada mês. Os primeiros lugares foram para a Tailândia (23 transações em média), Bahrein (19,1) e Coreia do Sul (14,7).
O trabalho também apresentou perspectivas para transações médias mensais. Segundo as consultorias, em 2027, cada brasileiro com mais de 15 anos deve realizar, em média, 51,8 operações por Pix a cada mês. Isso deixaria o Brasil em segundo lugar, atrás apenas do Bahrein, cuja média subirá para 83,3 transferências por habitante nos próximos quatro anos.