Aumento dos gastos com pessoal e crescimento tímido do FPM acendem alerta para contas municipais em 2023, diz CNM
No último dia 30, alguns milhares de gestores se reuniram na sede da CNM em Brasília para debater, entre diversos assuntos, o rumo dos cofres municipais. O foco principal, por enquanto, é de onde sairão os recursos para pagar a mensalidade da enfermagem, aceita no último ano de agosto.
Enquanto isso, os municípios não devem ser obrigados a arcar com o reajuste, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pleito até que seja indicada a oferta de recursos. No entanto, na situação mais pessimista, o impacto para os corredores da cidade pode ultrapassar R$ 3 bilhões neste ano e R$ 10,5 bilhões de 2024 em diante.
Se o preço do piso de enfermagem ainda é incerto, várias contas assumidas pelos salões da cidade no último ano estão pressionando as contas nativas, diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM. Nos últimos 12 meses, o governo federal elevou o salário mínimo para professores de formação básica em 33,2%. Neste ano, foi concedido novo reajuste de 14,9%.
Em ambos os casos, a CNM orientou os prefeitos a se apropriarem do terreno exclusivamente por conta da inflação e nunca com base na escolha de Brasília. O argumento é que os municípios não seriam obrigados a apresentar o reajuste em função de um vácuo legislativo na definição dos fatores para os reajustes. Mesmo assim, um em cada quatro salões da cidade começou a pagar pelo novo piso de ensino.
“Estou apavorado com a pesquisa que fizemos, porque apesar de termos sido alertados por nós, cerca de 26% dos municípios do Brasil concederam, a maioria deles de forma ilegal, aumento no piso administrativo. , já que você gastou 33% para uma classe que representa 27%, na média, dos preços dos trabalhadores em todos os municípios do Brasil”.
Ziulkoski afirma que casos de prefeituras que ultrapassaram o limite de 54% das contas da folha de pagamento do governo não devem ser incomuns. “Não existe como não chegar no final dos 12 meses, salvo exceções, com contas rejeitadas. E as consequências das contas rejeitadas, vocês já sabem o que é”, informou aos prefeitos.
Com base na CNM, os dois reajustes nos pisos salariais dos professores podem custar aos municípios até R$ 50 bilhões por ano.
terceirização
Outra questão que vai colocar ainda mais pressão sobre os caixas do corredor da cidade é a mudança no entendimento da justiça e gestão de nossos órgãos para incluir empresas terceirizadas no limite de gastos com pessoal nos municípios. Ao Brasil 61, o senador Efraim Filho (União-PB) – autor de projeto de lei para manter a terceirização fora do teto – definiu o imbróglio.
“Há uma resolução judicial que pretende reverter o entendimento de que as empresas terceirizadas não seriam incluídas na conta de despesas de pessoal, o que impacta a restrição prudencial e a inserção nos limites previstos na LRF. Caso mude esse entendimento, com o aparecimento dos professores de campo, enfermeiras e corretores de saúde da comunidade, a chance de esses prefeitos não conseguirem cumprir esse limite prudencial de até 60% significa que muitos deles podem sofrer penalidades e que podem até resultar em sua inelegibilidade mais cedo ou mais tarde”, diz.
FPM
Receita mais importante para muitos pequenos municípios brasileiros, o FPM não tem crescido em um ritmo que lhe permita compensar o aumento das contas. Em 2022, até maio, o FPM havia crescido 26% na comparação com os 12 meses anteriores. Em 12 meses, no mesmo intervalo, subiu 8,7%. “A projeção é ter sucesso no início dos 12 meses com um aumento real de 1%. Se vai chegar lá”. Se eu fosse prefeito, poderia digitar um fundo meu e nunca mais entrar em contato, para chegar no dia trinta e um (dezembro), se não tiver, está lá. Se chegar em novembro e a arrecadação for boa, vou gastar esse dinheiro. Agora, é preciso planejar”, diz Ziulkoski.
Com informações de Brasil 61