CNI elogia diretrizes que vão nortear o texto da reforma tributária

A Confederação Nacional da Indústria e Comércio (CNI) obteve positivamente o relatório do Grupo de Trabalho sobre Reforma Tributária. Na terça-feira (6), o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) apresentou as normas que podem servir de ponto de partida para o conteúdo textual da reforma que será votada no plenário da Câmara dos Deputados.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a modernização do sistema tributário nacional tem o potencial de acelerar o progresso financeiro e rentabilizar o setor produtivo e os habitantes.

“O novíssimo manequim tributário indicado pelo Grupo de Trabalho da Câmara garante o evento e o progresso do Brasil com benefícios para os brasileiros. Essa reforma é esperada há mais de 30 anos e, segundo pesquisa da UFMG, deve gerar um crescimento a mais de 12% no PIB do país em 15 anos. O que significa que, se a reforma já tivesse sido feita há 15 anos, imediatamente todo brasileiro teria R$ 5.772 a mais de sua renda anual”, avalia.

ponteiros

O GT propôs que os 5 impostos essenciais incidentes sobre o consumo (IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS) sejam substituídos por um imposto sobre valor agregado (IVA), conhecido como Imposto sobre Itens e Fornecedores (IBS). O IBS pode ser gêmeo, ou seja, um imposto da União e outro dos estados e municípios.

Especialista em consultoria tributária, Vinícius Costa, advogado da Natal & Manssur, diz que os traços gerais da reforma tributária são construtivos. Ele concorda com a escolha dos parlamentares do grupo de trabalho pelo manequim IBS Twin.

“A maior preocupação que eu tinha com a PEC 45 era que o IBS estava sendo parecido com a tributação no exterior, além disso aqui mesmo no Brasil tem o elemento do pacto federativo, competência dos estados e municípios, e esse ajuste foi bom, porque agora será um misto”.

Durante a apresentação das normas, Aguinaldo Ribeiro afirmou que achava o modelo único do IBS, com administração compartilhada entre União, estados e municípios, o ideal para o novo sistema tributário, mas que a escolha pelo sistema gêmeo fiscal foi provavelmente o mais sensato a ser observado leva em consideração a curiosidade de parte dos estados e municípios em controlar a arrecadação tributária.

Vinícius Costa afirma que a escolha pelo IBS Twin não comprometerá a simplificação buscada pela reforma. “Fazer IVA duplo não faz mal”.

O relatório também sugere uma solução diferente para alguns setores, como saúde, educação, transporte público e alimentos básicos, que podem ter taxas mais baixas do que a taxa geral do IBS.

As regras não indicavam qual seria a taxa geral do IBS, mas durante os debates do GT de reforma, um limite de 25% foi recomendado para todos os produtos e serviços. A medida, com poucas exceções. também foi devidamente obtido pela CNI. Essa definição ficará para o conteúdo textual que segue para plenário na primeira semana de julho ou para regulamento complementar, posteriormente.

Para o especialista em consultoria tributária, a reforma visa equalizar a carga tributária sobre os setores produtivos. “Embora não haja melhora na carga tributária, é fato incontestável que pode haver um aumento na tributação no setor de fornecedores, porque a ideia é haver equilíbrio entre tributação de fornecedores e tributação de mercadorias. A tributação dos produtos sempre foi maior.”

tributação no local de férias

De acordo com o subdiretor da Taxa de Regulação Tributária da OAB/GO, Guilherme Di Ferreira, o relatório apresentado não trouxe surpresas, pois consolidou o que já foi mencionado nas PECs 45 e 110, que tratam da reforma tributária. Um dos ajustes é a tributação no local de férias, local onde ocorre o consumo, em vez da origem, local onde o serviço ou bem é produzido.

“Deveria acabar com a batalha fiscal entre os estados, esse é o pensamento, mas esses incentivos que as empresas precisavam estar em cada estado terminam, porque menos impostos que você cobra da empresa, a empresa pode reduzir seu preço de produção , diminuindo a quantidade cobrada pelo fornecimento dos fornecedores ou o valor final do produto.”

Para facilitar a transição para o novíssimo manequim tributário, o relatório propõe a criação de um Fundo Regional de Crescimento (FDR), financiado com recursos da União, com o objetivo de “diminuir as desigualdades regionais”.

Di Ferreira acredita que o conteúdo textual final da reforma deve incluir ajustes para facilitar a transição do atual sistema tributário para o novo, para que o setor produtivo não fique muito mais desorientado em relação ao cálculo, declaração e pagamento de impostos . “Traz uma transição enorme. Podemos estar vagando entre um sistema sofisticado e um novo sistema tributário. Para mim, precisava haver uma pesquisa maior de como você pode aplicar essa reforma tributária.”

Reforma tributária: relatório do GT da Câmara dos Deputados propõe Dual IVA

Com informações de Brasil 61

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