Acordo Mercosul-União Europeia deve aumentar competitividade das indústrias
“O acordo trará vantagens. Primeiro, pode dar às nossas corporações novas alternativas para ampliar – isso é necessário. Segundo nível, pode dar previsibilidade. Nosso acordo estabelecerá requisitos claros para os direitos dos funcionários, segurança ambiental e cadeias de abastecimento sustentáveis. E o terceiro aspecto: pode recorrer a financiamento extra. Nossas cadeias de suprimentos se tornarão mais integradas, mais agressivas e, portanto, mais atraentes para os compradores”, ressalta.
A afirmação foi feita nesta segunda-feira (12) durante encontro com empresários da Confederação Nacional das Empresas (CNI), em Brasília. Antes dela, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, defendeu a importância do acordo comercial. “Percebemos que a integração União Europeia-Mercosul é um instrumento favorável ao meio ambiente para ampliar nossa parceria bilateral e criar um ciclo virtuoso de ampliação do comércio, investimentos e empregos em cada bloco financeiro.”
O presidente da CNI também destacou que há desafios a serem enfrentados e que é fundamental que cada evento busque uma estratégia realista e versátil. “Uma das muitas alternativas para apimentar essa parceria é a definição de um mecanismo que amplie a cooperação bilateral nas áreas de expertise, inovação, comércio e sustentabilidade”, explica.
Assembleia no Planalto
Mais cedo, o presidente da União Europeia Fee se reuniu com o presidente Lula, no Palácio do Planalto, para debater o acordo e pontos relacionados ao clima. Ursula von der Leyen afirmou que se comprometeu com o presidente a finalizar o acordo Mercosul-União Europeia em 2023.
“Agora estamos discutindo um acordo comercial há vinte anos. É o acordo comercial mais importante e formidável que nós dois já negociamos. E agora estamos finalmente perto da linha final. É hora de finalizar e concluir o acordo do Mercosul”, diz.
Em resposta ao presidente Lula, o acordo Mercosul-União Européia está entre os temas centrais da filiação Brasil-Europa.
“Os desafios da conjuntura mundial exigem o relançamento dessa filiação entre o Brasil e a Europa. Por conta disso, o Brasil manterá a facilidade de realizar apólices de seguro de melhoramento industrial por meio do instrumento de compras públicas. Unir capacidades em análise, dados e inovação é igualmente decisivo como resposta ao problema de geração de empregos e distribuição de renda. Precisamos estabelecer uma Parceria Digital eficiente com a União Europeia, no âmbito das ciências da informação aplicadas, regulação da área digital, 5G e semicondutores”, enfatiza.
Com informações de Brasil 61