Imposto de importação para compras do exterior é prejudicial ao varejo

Imposto de importação para compras do exterior é prejudicial ao varejo
Imposto de importação para compras do exterior é prejudicial ao varejo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de reunião com representantes do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), hoje (1º), em São Paulo. A ordem do dia era fronteira cruzadacategoria de vendas viabilizada por meio de plataformas digitais, e o gancho para o pedido de atendimento, por parte do instituto, foi o Portaria nº 612publicada pela pasta nesta sexta-feira (30), que reduz para zero a alíquota do Imposto de Importação para compras do exterior de até US$ 50.
Conforme explicou o presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho, a entidade acompanha o assunto com mais atenção há três anos e sente a necessidade de afinar a tributação nessa esfera, algo justificado, sobretudo, com o aumento da demanda durante a pandemia de covid-19. 19.

“O que a gente veio falar, nesse momento, é que essa redução que foi feita na portaria publicada essa semana é muito prejudicial para o varejo, para a indústria e pode trazer desemprego forte, fechamento de lojas, coisa que não é visível de imediato, mas, do jeito que está, pode trazer essas consequências muito ruins para o país, que precisa gerar empregos.

“Viemos mostrar ao ministro que precisamos, em curtíssimo prazo, que não queremos impostos, aumentos de impostos, queremos igualdade, que nossos lojistas, que quem trabalha aqui, quem vende, a indústria tenham mesmas condições de quem traz produtos de fora. Temos todos os impostos sobre folha de pagamento, estaduais, federais, financeiros, que devem estar inclusos nesta alíquota. Já foi estabelecida uma taxa estadual e precisamos trabalhar, essa foi a proposta com o ministro, no curtíssimo prazo, se possível, até antes de agosto, uma taxa que dê isonomia na competição”, explicou.

A avaliação dos representantes do instituto é que o encontro foi positivo e que houve sinal de “entendimento” por parte do governo.

O diretor do IDV Sergio Zimerman reiterou a fala do presidente da entidade, enfatizando que o argumento perseguido é o da “igualdade de tratamento”. “O que defendemos é a igualdade de tratamento. Se puder ser taxado baixo para todo mundo, ótimo, mas não faz sentido o imposto de quem gera empregos no Brasil ser maior do que quem vende fora do Brasil”, disse.

O ministro Haddad saiu após a reunião, sem falar com a imprensa.

Foto de © Ministério da Fazenda/Ascom
0 0 votos
Avaliação
Acompanhar
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais novo
Mais velho Mais votado
Feedbacks em linha
Ver todos os comentários
0
Gostou do post? Faça um comentário!x