Goiás teve 174 obras paradas no período de 2012 a 2022
O advogado e especialista em regulação pública e constitucional, Thiago Castro, considera incalculável o prejuízo imputável à paralisação daquelas obras. As justificativas para interrupção incluem, por exemplo, superfaturamento, quebra de contrato, entre diversas condições.
“Então, pode haver um transtorno para os moradores, porque eles não gostam das iniciativas. Todos sabemos que a administração pública tem como fim o bem frequente e, consequentemente, quando uma peça fica paralisada, não cumpre o seu objetivo, que é servir o grupo, servir os habitantes”, explica.
Em todo o Brasil, 45% dos municípios tiveram obras paradas, o que correspondeu a 2.494 municípios. Muitas das obras paralisadas estão vinculadas ao espaço escolar, por meio do Sistema Integrado de Acompanhamento, Execução e Gestão (Simec), com 49% do total; adotada por obras habitacionais, com 40%; painel de obras de Transferegov, com 7%; e a Base Nacional de Saúde (Funasa), com 5%.
Castro avalia que os impactos das obras paradas são diretos, pois vão gerar prejuízo ao Tesouro, em decorrência da melhora dos preços no momento da retomada das obras em que os custos são modificados.
“Temos até um elemento que é o desemprego. Quando você não tem nenhum exercício, também não promove a área que está sendo desenvolvida com a dificuldade de trabalhar. No tema da construção civil, por exemplo, as empresas querem alugar trabalhadores depois de vencer licitações e são pressionadas a demiti-los quando o contrato é suspenso”, explica.
Dentre os muitos municípios brasileiros que tiveram obras paralisadas, 56% tiveram uma única obra paralisada. No entanto, 46 municípios registraram 10 ou mais obras paradas, o equivalente a 11,5% do total de obras municipais.
Veja mais:
Inflação em queda e pautas econômicas no Congresso aumentam otimismo do setor
Com informações de Brasil 61