SP tem interesse em aprovar reforma tributária, diz governador

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu que o país avance na reforma tributária, uma das muitas prioridades do atual governo federal, e afirmou que o estado pode ser cúmplice nesse objetivo. “São Paulo, claramente, vai ser cúmplice do poder federal, está pasmo de ver essa reforma tributária autorizada”, informou aos jornalistas, na tarde desta quinta-feira (9), após reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa , no Palácio do Planalto, em Brasília.
A reforma tributária pode ser mencionada a partir de um grupo de trabalho criado no Congresso Nacional com base principalmente em duas propostas que já tramitam na Câmara dos Deputados (PEC 45/19) e no Senado Federal (PEC 110/19). O relator do grupo é o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). O poder federal não vai adiantar sua proposta pessoal, mas vai colher os frutos do conteúdo dessas tarefas em andamento e intensificar a articulação parlamentar para aprová-las.

Para o governador, a reforma é questão de negociação política avançada. “Não é um fator simples. Neste momento, já temos um comércio no Brasil sobretaxado e temos setores que pagam pouco imposto. Bem, se você quiser retirar impostos do comércio, alguém pode pagar a mais, e então inclui uma harmonização das atividades que podem exigir vários talentos, vários esforços de costura”.

No caminho mais eficaz para avançar na pauta, Tarcísio sugere resolver o problema em partes, a começar pela simplificação tributária. “Resolve o que é melhor primeiro, simplifica tributos federais, padroniza a regra do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Empresas) para os estados, isso pode ter an opportunity, por exemplo, de eliminar uma parte dessa briga fiscal. Depois você vai dando passos diferentes”, comentou.

Estrutura fiscal

Tarcísio também falou sobre a proposta do novo quadro fiscal do país, que deve ser apresentada nos próximos dias pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A nova regra deve substituir a alteração constitucional do teto do gato, que limita a expansão de uma parte gigante das contas da União à inflação do ano anterior.

Última semana, o Ministério da Fazenda concluiu a modelagem da propostaque foi enviado ao Ministério do Planejamento para informar a elaboração da Lei dos Indicadores de Fundos (LDO) 2024.

“É preciso que o Brasil mantenha sua dedicação à solvência. Uma boa mensagem fiscal é o que traz confiança, elimina o ruído que, em última análise, impacta a curva de curiosidade de longo prazo, dá vontade de comer aos comerciantes, isso é importante para o Brasil fazer bem”, disse.

Recentemente, o ministro da Fazenda informou que pretende revelar o modelo do quadro fiscal antes da próxima assembléia do Comitê de Cobertura Financeira (Copom) do Banco Central, que deve acontecer nos dias 21 e 22 de março. A expectativa da força de trabalho financeira é que o desafio traga segurança para a autoridade financeira iniciar o método de redução da Selic (taxa primária de juros).

Porto de Santos

A principal pauta da assembléia entre o governador de São Paulo e o ministro-chefe da Casa Civil foi o avanço no desafio da privatização do Porto de Santos, administrado pelo poder federal. Defensor da proposta, Tarcísio de Freitas mencionou que o diálogo abordou aspectos da modelagem dessa concessão. Iniciado no governo de Jair Bolsonaro, o modelo de privatização do porto está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU). Pelos cálculos do governador, que foi ministro da Infraestrutura no governo anterior, os investimentos previstos ultrapassam R$ 19 bilhões ao longo dos 35 anos de concessão.

“A concessão do Porto de Santos tem muito a ver com a manutenção da competitividade do Porto”, observou. “Não pode haver nada mais remodelado para a Baixada Santista do que este desafio de concessão portuária, porque nada vai mobilizar tantos recursos”, acrescentou.

Foto de © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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