Abras: consumo das famílias cresce 1,98% no primeiro trimestre

Abras: consumo das famílias cresce 1,98% no primeiro trimestre
Abras: consumo das famílias cresce 1,98% no primeiro trimestre

O consumo nas residências brasileiras, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), encerrou o primeiro trimestre com alta de 1,98%. Na comparação de março com fevereiro, houve alta de 7,29%. Na comparação de março de 2023 com o mesmo mês de 2022, o aumento foi de 4,58%.
O resultado contempla os formatos de loja de atacado, supermercado convencional, loja de bairro, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o vice-presidente da Abras, o primeiro trimestre do ano trouxe algum alívio ao consumidor, com menos pressão da inflação de alimentos, ao contrário do que ocorreu no mesmo período do ano passado. “Nesse período houve um aumento nos preços dos principais mercadorias no mercado internacional com a invasão da Ucrânia pela Rússia. O aumento dos custos dos insumos para produção de alimentos e proteína animal, dos preços dos combustíveis e do frete acabou refletindo intensamente nas gôndolas dos supermercados nesse período”, afirmou.

Outro fator que interferiu no consumo em março foi a compra de produtos para a Páscoa, comemorada em 9 de abril, e o adicional de R$ 150,00 para crianças de até seis anos para 8 milhões de famílias cadastradas em programas de transferência de renda do governo federal.

Influenciou também o aumento do salário mínimo (+7,42%) para mais de 60 milhões de pessoas; manutenção do pagamento de R$ 600 do Bolsa Família; Auxílio Gás, no valor de 100% da média nacional para botijão de gás de cozinha de 13 kg, pago em fevereiro; o resgate do Pis/Pasep (de fevereiro a dezembro); o pagamento dos lotes residuais do Imposto de Renda para os contribuintes que caíram na malha fina ou apresentaram a declaração em atraso e reajustes das bolsas-educação.

Segundo dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de consumo geral (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, higiene e beleza) registrou queda de 0,94% no primeiro trimestre. Em março, houve queda de 0,62%, fazendo com que o preço médio nacional passasse de R$ 752,04 em fevereiro para R$ 747,35 em março.

No trimestre, as quedas são mais expressivas para cebola (-36,75%), batata (-11,99%), tomate (-10,07%), óleo de soja (-6,60%) e carne bovina – alcatra (-3,74%) e cortes dianteiros (-2,91%), frango congelado (-2,47%), café torrado e moído (-2,15%).

Entre as altas estão feijão (7,29%), arroz (6,05%), ovo (10,33%), farinha de mandioca (7,64%) e leite longa vida (4,40%).

Na cesta de higiene e beleza, foram descartados sabonete (3,07%), pasta de dente (2,5%), papel higiênico (2,39%), xampu (1,42%).

No cesto de limpeza, as maiores subidas foram puxadas pelo sabão em pó (+2,48%), detergente líquido para loiça (+1,52%), desinfetante (+1,18%) e lixívia (+0,87%)

A maior queda foi registrada na região Sudeste (-0,84%). Nas demais regiões, as variações no preço da cesta em março ante fevereiro foram Centro-Oeste (-0,73%), Norte (-0,45%), Nordeste (-0,25%) e Sul (-0,19%).

Foto de © Valter Campanato/Agência Brasil
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