Agricultura no Rio Grande do Sul pode ser prejudicada por ciclone extratropical. SC e PR apresentam perdas pontuais

A região sul do país foi atingida por um ciclone extratropical que trouxe uma sequência de transtornos e prejuízos aos moradores, principalmente no Rio Grande do Sul. O fenômeno se formou entre o sul do Paraguai e o nordeste da Argentina e continuou em direção ao sul do Brasil. A agricultura na área também foi afetada pelo fenômeno.

Até o momento, a Proteção Civil do Rio Grande do Sul reconheceu 62 municípios afetados pelo fenômeno climático, as principais ocorrências são vendavais, granizo e chuvas intensas, que provocaram alagamentos no estado. Santa Catarina registrou rajadas de vento de mais de 150 km/h, vento forte que também foi registrado no Paraná, principalmente no litoral e na região metropolitana de Curitiba.

agricultura gaúcha

A Secretaria de Melhoramentos Rurais do Rio Grande do Sul (SDR-RS) informou que não há perigo de desabastecimento de habitantes por causa do ciclone extratropical. Os danos associados às perdas na agricultura e na pecuária estão, no entanto, a ser avaliados.

As chuvas extraordinárias foram destacadas pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, como uma possível desvantagem para a agricultura do estado. Ele ressalta que algumas cidades do estado tiveram chuvas entre 100 e 200 milímetros, e que esse movimento forte de chuva pode causar danos, que ainda podem ser contabilizados nos próximos dias.

“Mas a princípio, estima-se que ainda não seja possível dizer se há danos que afetem a cultura ou não. O que ocorre é que alguns municípios têm áreas que podem ser um pouco mais pronunciadas, onde se formou um curso de erosão, desde um curso de erosão preliminar até algumas erosões com sulcos e um pouco mais acentuados ali dentro da evolução da abrasão”, explicou .

Essas erosões prejudicam principalmente as lavouras de trigo, que são primeiramente de seu melhoramento vegetativo, com cerca de 88% da área semeada esperada e 30% na parte de germinação. Além disso, de acordo com dados repassados ​​por produtores de diferentes áreas à Secretaria de Aperfeiçoamento Rural do estado, devem ser registrados, inclusive, prejuízos à fabricação de hortaliças, principalmente folhosas.

Além dos prejuízos à indústria, a infraestrutura agrícola também foi afetada no noroeste gaúcho, principalmente por vendavais, conforme definido pelo diretor técnico da Emater. “São municípios da região noroeste do estado, ao redor de Santa Rosa, que tiveram alguns prejuízos devido ao vento, na infraestrutura. Infraestrutura de galpões, criação de suínos. Um dos muitos municípios, conhecido como Sede Nova, já declarou estado de calamidade, porque houve um fato realmente importante, que afetou áreas de cada cidade, vila e infraestrutura do interior, como barracos e casas” , definiu Baldissera.

Paraná e Santa Catarina têm danos pontuais

Santa Catarina apresentou perdas específicas ligadas à agricultura, conforme dados da Empresa Estadual de Análise Agropecuária e Extensão Rural, Epagri. O Paraná também apresentou danos concentrados principalmente na área costeira do estado.

O superintendente da área de Paranaguá do Instituto de Melhoramento Rural do Paraná, Satoshi Osmar Nonaka, afirmou que as equipes da esfera ainda estão fazendo o levantamento dos principais pontos de dano no litoral paranaense. “Houve dano, claro. Hoje temos muitas olericulturas, frutíferas, bananeiras, fruteiras, palmitos, principalmente pupunheiras, que são arbustos maiores, de modo que caem e derrubam essas plantações e causam prejuízos muito grandes”, contextualizou.

Entre os muitos municípios mais afetados do Paraná estão Morretes, Guarçouba, Guaratuba e Antonina. Nesta área, destacam-se a horticultura e a fruticultura, principalmente com a fabricação de banana e pupunheira, cujos arbustos podem ter sofrido o efeito dos fortes ventos trazidos pelo ciclone extratropical na área.

Com informações de Brasil 61

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