América Latina atrai investimento estrangeiro direto recorde em 2022

América Latina atrai investimento estrangeiro direto recorde em 2022

Beneficiando-se da recuperação dos gastos globais após a pandemia de covid-19, a América Latina e o Caribe atraíram um volume recorde de investimento estrangeiro direto (IED) em 2022, anunciou nesta segunda-feira (10) a Comissão Econômica das Nações Unidas para a América. América Latina e Caribe (CEPAL). No ano passado, a região recebeu US$ 224,58 bilhões de outras partes do planeta destinados ao setor produtivo.
O valor é 55,2% superior ao de 2021. Segundo a CEPAL, pela primeira vez em nove anos esse tipo de recurso superou a marca de US$ 200 bilhões. “Os fluxos de IED para a região não ultrapassaram US$ 200 bilhões desde 2013, portanto, a recuperação de 2022 estabelece um importante marco de investimento na última década”, destacou o relatório.

Ao contrário dos investimentos financeiros, voltados para o mercado financeiro, os investimentos estrangeiros diretos visam a geração de empregos, como a compra de empresas nacionais ou a expansão de empresas estrangeiras para outros países. Segundo a CEPAL, os setores mais beneficiados no último ano foram serviços, energia (renovável e não renovável) e manufatura.

Em 2022, o número de fusões e aquisições resultantes do IED aumentou apenas 7%, mas o valor dos negócios disparou 57%, chegando a US$ 30,15 bilhões no ano. Segundo a CEPAL, o aumento se deve à retomada dos planos de investimento e expansão das empresas após a pandemia de covid-19.

Quando dividido por países, o Brasil atraiu 41% do IED destinado à América Latina e Caribe. Em segundo lugar vem o México, com 17%. Os dois países são as maiores economias da região.

baixa atração

Apesar do crescimento, a América Latina atraiu apenas 8% do fluxo global de investimento estrangeiro direto em 2022. Proporcionalmente, a região teve a menor participação, atrás da Europa, Ásia-Pacífico, África, Oriente Médio e América do Norte.

No ano passado, o volume global de IED somou US$ 1,29 trilhão, um aumento de 11% em relação a 2021. O cálculo da CEPAL, porém, eliminou o impacto da saída de empresas de Luxemburgo, centro financeiro global utilizado por empresas que operam na Europa e transferem sua sede para o país.

No Brasil, o volume de IED quase dobrou de 2021 a 2022, crescendo 97%. No México, o crescimento foi menor e chegou a 14% em relação ao ano anterior.

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