Aneel mantém bandeira tarifária verde para maio
O consumidor não pagará encargos extras na conta de luz em maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde para o próximo mês para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A conta de luz está sem essas tarifas desde o fim da bandeira de escassez de água, que durou de setembro de 2021 até meados de abril de 2022. Segundo a Aneel, na época, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis para geração de energia, com os reservatórios das hidrelétricas em níveis satisfatórios. O nível de armazenamento dos reservatórios, informou o órgão regulador, chegou a 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável no momento.
Se outras marcas fossem estabelecidas, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovadas em junho de 2022 pela Aneel. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das termelétricas neste ano, devido à alta dos preços do petróleo e do gás natural nos últimos meses.
Bandeiras
Criado em 2015 pela Aneel, o bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis de geração de eletricidade. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando ao SIN gerar a energia utilizada em residências, estabelecimentos comerciais e indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há acréscimo. Quando aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta é aumentada, variando de R$ 2.989 (amarela) a R$ 9.795 (vermelha nível 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Durante a vigência da bandeira de escassez de água, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 a mais a cada 100 kWh.
O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país está coberto pelo SIN. A exceção são alguns estados da Região Norte e Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima.
Atualmente, existem 212 localidades isoladas no SIN, onde o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda de energia nessas regiões é suprida principalmente por termelétricas a óleo diesel.
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