Aumento dos gastos com pessoal e crescimento tímido do FPM acendem alerta para contas municipais em 2023, diz CNM

Aumento dos gastos com pessoal e crescimento tímido do FPM acendem alerta para contas municipais em 2023, diz CNM
O aumento das contas de pessoal e a projeção de um avanço tímido nas transferências do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) elevam o alarme para as contas municipais em 2023. A preocupação é que a conjuntura leve os municípios extra à insolvência, já que 40% dos eles terminaram 12 meses no roxo, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

No último dia 30, alguns milhares de gestores se reuniram na sede da CNM em Brasília para debater, entre diversos assuntos, o rumo dos cofres municipais. O foco principal, por enquanto, é de onde sairão os recursos para pagar a mensalidade da enfermagem, aceita no último ano de agosto.

Enquanto isso, os municípios não devem ser obrigados a arcar com o reajuste, porque o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pleito até que seja indicada a oferta de recursos. No entanto, na situação mais pessimista, o impacto para os corredores da cidade pode ultrapassar R$ 3 bilhões neste ano e R$ 10,5 bilhões de 2024 em diante.

Se o preço do piso de enfermagem ainda é incerto, várias contas assumidas pelos salões da cidade no último ano estão pressionando as contas nativas, diz Paulo Ziulkoski, presidente da CNM. Nos últimos 12 meses, o governo federal elevou o salário mínimo para professores de formação básica em 33,2%. Neste ano, foi concedido novo reajuste de 14,9%.

Em ambos os casos, a CNM orientou os prefeitos a se apropriarem do terreno exclusivamente por conta da inflação e nunca com base na escolha de Brasília. O argumento é que os municípios não seriam obrigados a apresentar o reajuste em função de um vácuo legislativo na definição dos fatores para os reajustes. Mesmo assim, um em cada quatro salões da cidade começou a pagar pelo novo piso de ensino.

“Estou apavorado com a pesquisa que fizemos, porque apesar de termos sido alertados por nós, cerca de 26% dos municípios do Brasil concederam, a maioria deles de forma ilegal, aumento no piso administrativo. , já que você gastou 33% para uma classe que representa 27%, na média, dos preços dos trabalhadores em todos os municípios do Brasil”.

Ziulkoski afirma que casos de prefeituras que ultrapassaram o limite de 54% das contas da folha de pagamento do governo não devem ser incomuns. “Não existe como não chegar no final dos 12 meses, salvo exceções, com contas rejeitadas. E as consequências das contas rejeitadas, vocês já sabem o que é”, informou aos prefeitos.

Com base na CNM, os dois reajustes nos pisos salariais dos professores podem custar aos municípios até R$ 50 bilhões por ano.

terceirização

Outra questão que vai colocar ainda mais pressão sobre os caixas do corredor da cidade é a mudança no entendimento da justiça e gestão de nossos órgãos para incluir empresas terceirizadas no limite de gastos com pessoal nos municípios. Ao Brasil 61, o senador Efraim Filho (União-PB) – autor de projeto de lei para manter a terceirização fora do teto – definiu o imbróglio.

“Há uma resolução judicial que pretende reverter o entendimento de que as empresas terceirizadas não seriam incluídas na conta de despesas de pessoal, o que impacta a restrição prudencial e a inserção nos limites previstos na LRF. Caso mude esse entendimento, com o aparecimento dos professores de campo, enfermeiras e corretores de saúde da comunidade, a chance de esses prefeitos não conseguirem cumprir esse limite prudencial de até 60% significa que muitos deles podem sofrer penalidades e que podem até resultar em sua inelegibilidade mais cedo ou mais tarde”, diz.

FPM

Receita mais importante para muitos pequenos municípios brasileiros, o FPM não tem crescido em um ritmo que lhe permita compensar o aumento das contas. Em 2022, até maio, o FPM havia crescido 26% na comparação com os 12 meses anteriores. Em 12 meses, no mesmo intervalo, subiu 8,7%. “A projeção é ter sucesso no início dos 12 meses com um aumento real de 1%. Se vai chegar lá”. Se eu fosse prefeito, poderia digitar um fundo meu e nunca mais entrar em contato, para chegar no dia trinta e um (dezembro), se não tiver, está lá. Se chegar em novembro e a arrecadação for boa, vou gastar esse dinheiro. Agora, é preciso planejar”, ​​diz Ziulkoski.

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Com informações de Brasil 61

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