Bahia: Preços reduzem participação do agronegócio no PIB, mas produção e produtividade seguem em alta

Bahia: Preços reduzem participação do agronegócio no PIB, mas produção e produtividade seguem em alta
No primeiro trimestre de 2023, o agronegócio baiano registrou queda de sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) baiano, apesar de sustentar elevação da manufatura e da produtividade. Com base na Superintendência de Pesquisas Financeiras e Sociais da Bahia (SEI), o exercício agrícola passou de representar cerca de 25% do PIB nacional para 19,6% neste intervalo. Essa transformação será definida pela queda dos custos das commodities nos meses correntes.

O preço de uma saca de café expresso em Vitória da Conquista caiu de R$ 1.330,00 no último ano de março para R$ 1.020,00 no mesmo intervalo de 12 meses. O custo do boi gordo também seguiu o mesmo caminho, com a arroba vendida em Feira de Santana passando de R$ 310,00 em março de 2022 para R$ 260,00 no final do primeiro trimestre de 2023.

Especialista em agronegócios, Evandro Oliveira explica que a situação atual da agroindústria é resultado do problema que mercadorias queria passar nos anos anteriores como resultado da pandemia, luta na Ucrânia, entre outros.

“Este pode ser um estado de coisas que estamos vendo em praticamente todos mercadorias. Então são safras que tiveram uma safra cara, com preços de fabricação excessivos diante de todos os preços que tivemos com avanços importantes em decorrência de problemas que tivemos em anos anteriores como a pandemia, luta na Ucrânia, que gerou a aumento de preços principalmente de fertilizantes, além de diversos insumos desejados para o empreendimento. Isso nos trouxe uma colheita muito cara, e agora na época da colheita onde tínhamos a colheita do princípio mercadorias como a soja e até o milho, o arroz tem sofrido bastante com isso. Os preços também estão em níveis muito desfavoráveis ​​ou distantes dos preços de fabricação”, disse o especialista.

Para o segundo trimestre deste ano, prevê-se que haverá um aumento na eficiência do agronegócio baiano, com aumento de sua participação no PIB total da Bahia. A National Provide Company estima um aumento de 3,1% na área cultivada com grãos no estado, totalizando 3,76 milhões de hectares. A expectativa é de fabricação de 13,3 milhões de toneladas de grãos e 592 mil toneladas de fibras, representando aumento de 9,0% e 10,9%, respectivamente, em relação ao ciclo anterior.

A colheita da soja já foi concluída, porém uma boa parte da safra primária de milho ainda não foi colhida devido à queda de custos, sendo economizada na planta. A colheita do algodão está atrasada em relação ao ciclo anterior, o que suscita considerações quanto ao calendário fitossanitário estabelecido. As lavouras de terceira safra já estão com 50% de suas áreas plantadas.

A cultura que teve maior ganho de produtividade foi a mamona, em função da utilização de um melhor pacote tecnológico, principalmente com o uso da irrigação. Normalmente, as lavouras de primeira safra confirmaram evolução nos índices de produtividade, com exceção do feijão-caupi, que teve adversidades climáticas em níveis básicos de seu ciclo de cultivo.

Os principais aumentos de espaço cultivado foram observados no trigo, feijão safrinha e milho safrinha, com acréscimos de 42,9%, 28,7% e 13,5%, respectivamente. O trigo se beneficiou da resolução de questões econômicas e de demanda na região do extremo oeste do estado, juntamente com as vantagens agronômicas percebidas pelos produtores. Para o feijão, as boas perspectivas climáticas na microrregião de Irecê, a previsão de uma safra ruim no sul do país e a alta dos preços foram os principais fatores que influenciaram o aumento da área cultivada. A alta do mercado de milho é justificada pelo cenário de mercado, com os produtores acreditando na manutenção do valor e das condições de demanda.

Com informações de Brasil 61

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