Banco do Brasil oferecerá R$ 240 bilhões no Plano Safra 2023/2024

Banco do Brasil oferecerá R$ 240 bilhões no Plano Safra 2023/2024
Banco do Brasil oferecerá R$ 240 bilhões no Plano Safra 2023/2024

O Banco do Brasil (BB) anunciou, nesta sexta-feira (30), que destinará R$ 240 bilhões para financiar o Plano Safra 2023/2024lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na terça-feira (27).
O valor a ser desembolsado (R$ 240 bilhões) é 27% superior aos R$ 188 bilhões disponibilizados na safra anterior (2022/2023), que termina em 30 de junho.

O BB é considerado a instituição financeira que mais financia o agronegócio brasileiro. Durante o lançamento do Plano Safra 2023/24, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, informou que os produtores agrícolas podem apresentar propostas para obtenção de crédito rural, a partir de segunda-feira (3).

“O Banco do Brasil é um grande parceiro do agronegócio e da agricultura familiar. Já na segunda-feira, você pode nos procurar. Estaremos de portas abertas (dos balcões bancários) já à espera de recolher as propostas. E dinheiro não vai faltar”, garantiu Tarciana Medeiros.

O vice-presidente de Agronegócios da instituição, Luiz Gustavo Lage, reforçou que esse volume de recursos financeiros anunciados é o maior já disponibilizado pela instituição para um plano de safra. Luiz Gustavo detalhou os segmentos beneficiados. Para o financiamento de pequenos e médios produtores, serão destinados R$ 48 bilhões. A agricultura empresarial contará com R$ 139 bilhões. E a chamada cadeia de valor do agronegócio terá R$ 53 bilhões. Este último segmento é formado por empresas que fornecem insumos aos produtores, como as que processam produtos para o consumidor final, e distribuidores que abastecem varejistas e atacadistas com produtos do agronegócio.

O vice-presidente do BB explicou que os mesmos R$ 240 bilhões serão destinados às seguintes finalidades: R$ 121 bilhões para linhas de financiamento; R$ 42 bilhões para operações de investimento; outros R$ 24 bilhões serão direcionados para operações de comercialização e industrialização no interior. E o restante, 53 bilhões, para outros créditos, como títulos do agronegócio e capital de giro.

Não evento realizado em Brasília, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anunciou a ampliação dos investimentos em linhas de crédito bancário para a construção de galpões nas fazendas em cerca de 80%, com juros de 7% ao ano. As demais terão acréscimo de 60% dos recursos, com juros de 10,5% ao ano.

“Hoje, vemos um grande déficit de armazenamento no Brasil. Como a safra é recorde, tem que haver mais armazéns para armazenar (os grãos), para dar tranquilidade e prazo para que essa comercialização aconteça e, portanto, para que o produtor seja mais competitivo”, explicou.

O ministro Carlos Fávaro também declarou que os produtores rurais que adotarem boas práticas de sustentabilidade ambiental no campo terão, dentro do novo plano de safra, desconto nos juros de empréstimos de bancos ou financeiras. “Meio por cento a menos de juros para os produtores que já possuem o Cadastro Ambiental Rural validado e sem passivo ambiental. É uma grande evolução, no aspecto de incentivar outros (produtores) e também o Estado a melhorar e vir a fazer o cadastro ambiental mais rápido e, assim, todos terão esse grau de sustentabilidade”.

“O grande cerne do plano de colheita é mostrar ao mundo que os produtores brasileiros têm alta tecnologia, grande produtividade, mas respeitando o meio ambiente”, afirmou o ministro da Agricultura e Pecuária.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu a produção de alimentos para garantir a segurança alimentar dos brasileiros.

“Perdemos espaço para a produção de alimentos como arroz, feijão, mandioca, hortaliças e frutas que vão para a mesa do povo brasileiro. Temos o desafio de alimentar melhor o povo brasileiro, tirá-lo da grave insegurança alimentar para comer bem; e a outra metade, come ainda melhor”, planeja o ministro Paulo Teixeira.

O ministro destacou que em Plano de Colheita da Agricultura Familiar, divulgado nesta quarta-feira (28), deve reduzir a taxa de juros, de 6% para 4% ao ano, para três tipos de tomadores de crédito. Para quem produz alimentos essenciais à alimentação das famílias brasileiras; aos agricultores familiares que optam pela produção sustentável de alimentos saudáveis, com foco em produtos orgânicos, sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia, e mulheres do campo.

O ministro Paulo Teixeira reforçou que o governo quer financiar máquinas agrícolas menores adaptadas às pequenas propriedades “para diminuir o sofrimento, a dureza do trabalho, garantir mais produtividade e manter os jovens na propriedade familiar para fazer a sucessão”, apontou o ministro ministro.

Foto de © Ricardo Stuckert/ PR
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