BNDES eleva em 50% os investimentos na agricultura

BNDES eleva em 50% os investimentos na agricultura
BNDES eleva em 50% os investimentos na agricultura

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta quarta-feira (5) que aumentou em 50% os investimentos no setor agrícola no primeiro semestre deste ano, comparando os números com 2022.
As ações do banco nos primeiros seis meses do ano voltadas para a agricultura familiar e o agronegócio somaram R$ 50 bilhões, segundo divulgação da instituição. Esse valor inclui novas operações de crédito e investimentos, como os cerca de R$ 1 bilhão aprovados pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA) para que 250 mil famílias de agricultores familiares do semiárido nordestino recebam investimentos em práticas agrícolas e água segurança .

A maior parte dos recursos contabilizados pelo BNDES é proveniente do Plano Safra/Safrinha 2023/2024, para o qual o banco reservou R$ 38,4 bilhões em créditos.

O volume ofertado para a agricultura familiar aumentou 103%, chegando a R$ 11,6 bilhões. Para a agricultura corporativa, foram R$ 14,8 bilhões, um crescimento de 33% em relação ao plano anterior (2022/2023).

O BNDES também destaca a reativação das linhas de financiamento ao agronegócio, que estavam fechadas até a posse da nova diretoria, e a criação de uma nova linha indexada ao dólar, voltada para produtores que recebem em moeda estrangeira. Esses recursos somam mais de R$ 11,5 bilhões.

Para o presidente do banco, Aloizio Mercadante, a agricultura brasileira precisa produzir cada vez mais, mas sem desmatar e destruir o meio ambiente, para mostrar ao mundo um agronegócio eficiente e moderno.

Atualmente, o Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, e metade dessas emissões são causadas por desmatamento e queimadas, em grande parte relacionadas à expansão de fazendas e pastagens sobre biomas como o Cerrado e a Amazônia.

A redução dessas emissões é um compromisso internacional do país no Acordo de Paris, que visa reduzir a intensidade e o impacto das mudanças climáticas causadas pela ação humana até 2030. As mudanças no clima têm sido apontadas como causadoras de eventos climáticos extremos e desastres , como tempestades, deslizamentos de terra e inundações.

Foto de © Fernando Frazão/Agência Brasil
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