Brasil tem a maior reserva de minério de sal-gema da América Latina

O Brasil é o nono maior produtor de sal da terra, com 7 milhões de toneladas registradas somente em 2022. Apesar da boa classificação, a produção de minério de sal-gema no país tem diminuído ultimamente. Isso leva o Brasil a ampliar as importações de sal, cada sal-gema para diversas indústrias e sal por evaporação fotovoltaica para alimentos. A informação é da Empresa Nacional de Mineração (ANM).

Com base na ANM, o Espírito Santo já possui a maior reserva de sal-gema da América Latina. Ao todo são 12,2 bilhões de toneladas distribuídas em 11 áreas a serem exploradas, o que corresponde a 70% da atual reserva nacional. Muitas estão localizadas nos municípios de Conceição da Barra, Ecoporanga e Vila Pavão. A expectativa é que o mineral represente um novo ciclo financeiro para a região e também para o estado. No entanto, ainda levaria tempo, pois tal empreendimento leva anos para ser colocado em observação, sem considerar o intervalo de análise, fatores da empresa.

O sal-gema é moldado pela precipitação de sais de cloreto de sódio (NaCl), com a cristalização do mineral conhecido como halita. É uma matéria-prima versátil e essencial no comércio brasileiro. O tecnólogo sênior do Centro de Especialização Mineral (Cetem), do Ministério da Ciência, Perícia e Inovação, Luís Carlos Bertolino, destaca que a extração do sal-gema é finalizada pela solubilização do sal em profundidade. A partir desse momento, esse material solubilizado é levado ao chão, onde ocorre a precipitação fracionada para retirar potássio, cloro, entre outros. O restante do tecido é desembolsado.

Audiência pública sobre sal-gema

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) solicitou uma audiência pública na Câmara dos Deputados para debater a importância desse mineral. Com base no parlamentar, é simples que o sal-gema seja uma riqueza relacionada à melhoria financeira e à geração de emprego, renda e inclusão social para a nação. Ele mencionou que o tema foi esquecido ao longo do tempo e também destaca que o Brasil tem muitos desafios para avançar na exploração desse mineral.

“Para a extração, exploração e beneficiamento do sal-gema, a energia é um bem vital que pode dialogar com o Espírito Santo. O problema é, junto com a Petrobras, interromper a cadeia da gasolina e ser capaz de fornecer gasolina de baixo custo ao comércio com energia de baixo custo e, com isso, viabilizar não só a extração, mas também o processamento e a industrialização da mercadoria basicamente à base de sal-gema”, enfatiza o deputado.

O tecnólogo sênior do Cetem explica que o sal-gema é formado por três minerais: halita, silvita e carnalita. Silvite é um cloreto de potássio, que é a principal fonte de potássio utilizada no Brasil. Com poucas áreas de exploração, o país passa a depender desse mineral. Para o especialista, a exploração do sal-gema seria então um grande risco para cambiar as importações e o país alavancar o sistema econômico.

“Em termos de potássio, estamos realmente dependendo de fontes externas, que é onde a Rússia está disponível como fornecedor importante e o Brasil depende. Então, agora, com o problema da batalha da Rússia com a Ucrânia, esse produto se torna cada vez mais difícil de negociar internacionalmente e, finalmente, acaba aumentando o valor do produto no mercado doméstico. E isso se reflete no valor daqueles mercadorias Culturas brasileiras equivalentes a soja, cana-de-açúcar, milho, entre outras”, avalia.

Luís Carlos Bertolino explica que o Brasil tem poucas concessões de mineração de sal-gema em relação à escala do território nacional. “O Brasil é um rústico extremamente dependente da importação de potássio de diferentes localidades internacionais, equivalente à Rússia, e apesar de ser um rústico com grande extensão territorial e uma variedade incrível de variedades de rochas, infelizmente mantém reservas restritas de potássio”, ele diz. O especialista.