Camex zera imposto de importação de 628 máquinas industriais

Camex zera imposto de importação de 628 máquinas industriais

O Comitê de Gestão Executiva (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior decidiu zerar, até 31 de dezembro de 2025, o Imposto de Importação de 628 máquinas e equipamentos. Cerca de 80% das mercadorias não são produzidas no Brasil.
De acordo com a Camex, a redução tarifária permitirá que as empresas importem mercadorias avaliadas em mais de US$ 800 milhões. Dos 40 setores da economia a serem beneficiados estão metalurgia, eletricidade e gás, automobilístico, celulose e papel.

A maioria dos produtos vem dos Estados Unidos, China, Alemanha e Itália.

Dos 628 equipamentos que terão imposto de importação zero, 564 são de fabricação industrial no exterior e 64 de tecnologia da informação e telecomunicações.

Cápsulas de gelatina e concentrado de proteína

A comissão também aprovou uma medida antidumping para as cápsulas de gelatina utilizadas na ingestão de medicamentos e suplementos. Dessa forma, o insumo, que é importado do México e dos Estados Unidos, será sobretaxado para evitar prejuízos à indústria nacional.

“Após investigação realizada pelas autoridades brasileiras do Departamento de Defesa Comercial (Decom) do Ministério do Comércio Exterior (Secex) do MDIC, foi constatada a existência de dumping, considerado uma prática comercial desleal”, aponta um comunicado da Camex observação.

A medida terá duração de cinco anos para o ingrediente, comumente utilizado em farmácias de manipulação, suplementos alimentares e produtos veterinários.

Com relação aos concentrados proteicos, a Gecex excluiu o produto da Lista de Exceções à Tarifa Externa Comum do Mercosul (Letec), após verificar a capacidade de produção no país.

“Segundo a Camex, a inclusão desse produto na Letec com alíquota 0% causou prejuízos à indústria nacional e, por isso, agora volta à tarifa consolidada do Mercosul (11,2%). Isso permitirá ao setor produtivo competir em maior igualdade de condições de preços e continuar investindo no aumento da capacidade produtiva e geração de empregos e renda no país”.

Os concentrados estão presentes nas proteínas de soja, consumidas por atletas.

Foto de © CNI/José Paulo Lacerda/Direitos reservados
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