CEPAL reduz projeção de crescimento do Brasil para este ano para 0,8%

CEPAL reduz projeção de crescimento do Brasil para este ano para 0,8%
CEPAL reduz projeção de crescimento do Brasil para este ano para 0,8%

A economia brasileira vai crescer um pouco menos do que o esperado neste ano, anunciou nesta quinta-feira (20) a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL). A agência reduziu a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, somatório dos bens e serviços produzidos no país) de 0,9% para 0,8%.
Uma das cinco comissões econômicas regionais das Nações Unidas, a CEPAL revisou as projeções para 2023 para as economias da América Latina e do Caribe, apresentadas em dezembro. A economia da região crescerá 1,2% em 2022, ante previsão anterior de 1,3%.

Outros países tiveram a pior previsão. A maior deterioração ocorreu com a Argentina, cuja projeção para o PIB em 2023 passou de um crescimento de 1% em dezembro para uma queda de 2% em abril. A estimativa de crescimento da Colômbia foi revisada de 1,5% para 1,2%. Peru, de 2,2% para 2%. Bolívia e Uruguai, de 2,9% para 2%.

Alguns países tiveram a estimativa revisada para cima. A previsão de crescimento para a economia mexicana passou de 1,1% para 1,5%. Para o Chile, a projeção passou de queda de 1,1% para retração de 0,3%.

Segundo a CEPAL, os dois principais fatores para a desaceleração da economia da América Latina e do Caribe são as altas taxas de juros em todo o planeta, as incertezas sobre a guerra na Ucrânia e a queda no preço das matérias-primas, que beneficiou a região, grandes produtor de bens primários no ano passado.

No que diz respeito às taxas de juros, o órgão das Nações Unidas destacou que as turbulências registradas em março nos bancos dos países desenvolvidos aumentaram as incertezas e a volatilidade do mercado financeiro, o que afetará o crescimento econômico global e terá reflexos no continente latino-americano. “Embora as pressões inflacionárias tenham diminuído, espera-se que as taxas de política monetária permaneçam altas durante 2023 nas principais economias desenvolvidas”, afirmou a CEPAL em comunicado.

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Foto de © Marcello Casal jr/Agência Brasil
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