China aumenta em 20% as importações de soja brasileira

De acordo com levantamento do Ministério da Fazenda, até maio de 2023, a China importou 34,432 milhões de toneladas de soja do Brasil, 20% a mais em relação a 2022, quando a quantidade foi de 28,741 milhões de toneladas. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Entre os muitos locais internacionais que mais compram oleaginosas brasileiras estão a China, responsável por mais de 70% da quantidade; adotado pela Espanha, com 1,749 milhão de toneladas, adotado pela Tailândia, com 1,328 milhão de toneladas.

O consultor de marketing da Safra e Mercado, Luiz Fernando Gutierrez, comenta os meses de forte produção de soja no Brasil e divulga que a expectativa é grande neste 12 meses para as exportações de farelo também. “Abril, maio e junho são os principais meses para as exportações de soja no Brasil, porque é onde grande parte da quantidade está disponível. Portanto, as perspectivas são boas. Vamos quebrar um arquivo de exportação, com certeza. E também farelo. Já tínhamos um arquivo de pausas na Argentina. Estamos prevendo exportações de vinte e dois milhões de toneladas”.

No Brasil, o estado que mais aparece na carga de soja é o Mato Grosso, que já somou 17,295 milhões de toneladas nestes 12 meses. Em seguida vêm Goiás, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, com volumes entre 5,598 e 3,318 milhões de toneladas. Os municípios com a melhor produção de soja do país são Sorriso e Campo Novo dos Parecis, cada um no Mato Grosso. E Cristalina, em Goiás.

A grande quantidade de soja exportada tem um impacto otimista em vários setores do sistema econômico brasileiro. Esses impactos variam do produtor ao PIB do país, explica o economista Hugo Garbe. “O aumento da exportação de soja tem um impacto enorme no sistema econômico brasileiro como um todo e em toda a cadeia produtiva do agronegócio, desde o produtor de soja até o vendedor de fertilizantes, o vendedor de equipamentos, ferramentas. É geração de emprego, renda para os habitantes. O agronegócio responde por cerca de 27% do PIB brasileiro. O PIB chegou aqui maior e acima do previsto, muito por causa dos bons resultados do PIB agro que influenciaram o PIB geral aqui mesmo no Brasil”.

Para especialistas, em meados de 2023, a tendência é que o Brasil continue com esse grau de exportação, e ainda maior, não só pela demanda internacional por farelos, mas também pelos custos agressivos no mercado mundial de soja.