China, UE e Argentina restringem 50% das exportações brasileiras, diz relatório
“Dos US$ 155 bilhões exportados para essas três localidades (China, UE e Argentina), mais de US$ 78 bilhões ficaram expostos a uma dessas medidas restritivas. A quantidade e o tipo de fronteiras comerciais que as exportações brasileiras enfrentam cresceram e se tornaram mais sutis”, informa a supervisora de Comércio e Integração Mundial da CNI, Constanza Negri.
A pesquisa, produzida em conjunto com 19 entidades do setor, aponta para 77 medidas restritivas que as exportações brasileiras enfrentam em 25 mercados. Já foram 16 fronteiras dentro da União Europeia, oito na China e 6 na Argentina, empatada com o Japão. Em seguida estão Arábia Saudita, Índia, México, Colômbia, Indonésia e África do Sul.
Assim como o Alerta de comércio internacional (GTA), que analisa as medidas comerciais adotadas por localidades internacionais, aponta que o Brasil foi provavelmente afetado por mais de 9.430 restrições comerciais entre 2009 e 2022. Isso significa um acúmulo de restrições ao comércio internacional devido à crise monetária internacional.
tipos de barreira
O relatório da CNI lista ainda as principais formas de delimitação: 21 sanitárias e fitossanitárias (SPS), 18 normas técnicas (TBT), 14 tributos de importação, 10 de sustentabilidade, 5 de licenciamento de importação e 9 medidas diversas (cotas tarifárias de importação, subsídios, etc. sobre.).
Esses limites para o comércio mundial podem surgir na forma de legislação, regulamentação, cobertura, medida ou observação do governo que imponha limitações à entrada de mercadorias, fornecedores ou investimentos no exterior. “As medidas podem ser aplicadas em diferentes fases do processo de comércio exterior, correspondendo a necessidades extremas e impostos cobrados na saída do país onde o produto foi produzido ou quando o produto chega ao mercado de destino”, informa a pesquisa.
superando limites
Em linha com Constanza Negri, o relatório elaborado pela CNI visa contribuir com o plano de vencer as medidas restritivas enfrentadas pelas exportações brasileiras, com o objetivo de orientar as ações do governo federal para a solução das questões. “Diante dessa situação, a CNI entende {que um} método brasileiro para descobrir, monitorar e eliminar essas fronteiras com parceiros de comércio completamente diferentes é muito mais crucial”, diz ela.
Negri destaca ainda que o setor econômico espera poder contribuir com uma técnica proativa, junto com esses parceiros industriais, no âmbito das diretorias e negociações mundiais, para garantir uma melhor entrada no mercado brasileiro.
Com informações de Brasil 61