Cientista político defende criação da Frente Parlamentar dos Brics no Senado

Cientista político defende criação da Frente Parlamentar dos Brics no Senado
Intensificar as relações do Brasil com as demais localidades internacionais do Brics é fundamental, mas é preciso ter cuidado para não se isolar de equipes diferentes. É o que aponta o cientista político André César. O profissional destaca a parceria comercial entre Brasil e China, segunda maior potência financeira do planeta, em todo o bloco. No entanto, ele lembra que a Rússia se tornou um pária no cenário internacional devido à guerra na Ucrânia.

Formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, o Brics atua como um mecanismo de cooperação em áreas que têm potencial para gerar resultados concretos para os brasileiros e as populações das diversas localidades internacionais membros. Em resposta às autoridades federais, o grupo representa mais de 3 bilhões de habitantes e US$ 25 trilhões em PIB, ou 40% da população mundial e alguns quartos do PIB mundial.

A cúpula do BRICS está marcada para acontecer entre os dias 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, na África do Sul. No dia 22 de junho, o Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, em Paris, na França, para falar sobre a cúpula.

Em 2022, o valor do comércio internacional entre as 2 localizações internacionais foi de US$ 2,6 bilhões, dos quais US$ 1,7 bilhão em exportações brasileiras e US$ 900 milhões em exportações sul-africanas. Essencialmente as mercadorias brasileiras mais exportadas têm sido petróleo (16% do total), frango (12%) e automóveis (7,2%). Nas importações da África do Sul, prata e platina estiveram em alta (33%), seguidas por carvão (11%) e alumínio (10%). A informação é das autoridades federais.

Entrada Parlamentar Dois Brics

Com o objetivo de aumentar a participação brasileira no bloco, o Grupo Parlamentar dos BRICS foi instalado no Senado Federal. O senador Irajá (PSD-TO) foi quem instruiu a criação do grupo, proposta que foi homologada em plenário pelos senadores oposicionistas em maio (PRS 11/2023). Entre os vários objetivos da Entrada Parlamentar para Relações com os Brics estão acompanhar as leis e apólices que regem o bloco, promover intercâmbio com parlamentos de diferentes localidades internacionais membros e acompanhar os trâmites no Senado Federal e no Congresso Nacional de assuntos que lidam com questões de curiosidade dos BRICS

Em resposta ao senador Irajá, que preside o grupo, a Entrada Parlamentar dos Brics será um veículo vital para anunciar a convergência de interesses e a busca por opções conjuntas.

“Através de um diálogo contínuo e colaborativo, vamos estabelecer alternativas empresariais, promover a integração, estimular investimentos bilaterais, incentivar a inovação, o comércio especializado e a cooperação científica. Ao estreitar nossos laços com essas nações, fortalecemos nossa habilidade para lidar com desafios internacionais comparáveis ​​às mudanças climáticas locais”, afirma.

O especialista André César avalia que a medida pode fortalecer a participação do Brasil.

“É mais um ingrediente para dar mais consistência, por exemplo, à posição do Brasil nos Brics. Para dizer: olha, temos até no âmbito do Congresso Nacional, temos uma entrada que oferece completamente com pontos associados ao bloco. Então é vital, ajuda na polêmica, mantém seminários, transmite autoridades das localidades internacionais que compõem o Brics. Acho que isso é vital”, ressalta.

Com informações de Brasil 61

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