Combate à sonegação e ao contrabando pode render R$ 120 bilhões

Combate à sonegação e ao contrabando pode render R$ 120 bilhões

O combate à sonegação e ao contrabando pode aumentar o faturamento em R$ 120 bilhões a partir do ano que vem, afirmou nesta quarta-feira (19) a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. O ministro afirmou ainda que o governo poderá arrecadar mais se isenções “injustificáveis” forem revertidas.
“Temos muitas isenções que não se justificam, que foram dispensadas no período pré-eleitoral, por exemplo. Também estamos em condições de combater a sonegação e o contrabando, algo em torno de R$ 120 bilhões. Isso será apresentado no momento certo”, declarou a ministra ao deixar a solenidade de lançamento do Processo de Elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA Participativo).

Segundo Tebet, as contas públicas estão desequilibradas devido ao aumento de gastos e isenções decididas pelo último governo nos meses anteriores às eleições. Ela disse que o novo quadro fiscal, enviado ao Congresso nesta terça-feira (18)não está focado em elevar gastos, mas em revisar os gastos públicos.

“As contas públicas estão desequilibradas, porque temos um déficit de R$ 231 bilhões, resultado de quatro anos (do governo anterior), quando as políticas públicas também ficaram paralisadas. Ao contrário do que muitos dizem, o quadro não olha pelo lado da receita, olha pelo lado dos cortes e do ajuste dos gastos públicos. Temos metas a cumprir”, declarou.

Assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Tebet reiterou que o governo prepara uma série de medidas para reforçar o caixa, mas sem alterar a alíquota. Ela classificou como “correta” a declaração de Haddad nesta terça-feira de querer rever incentivos fiscais para setores da economia, que chegam a R$ 600 bilhões.

“O Ministério da Fazenda está elencando um pacote, uma cesta de medidas do ponto de vista da arrecadação, para aumentar a arrecadação sem aumentar a alíquota nem aumentar os impostos. O que isso significa? Significa que, nas palavras do Ministro das Finanças, temos muitas isenções que não se justificam, que são injustificáveis. Muitas delas foram feitas, dispensadas no período pré-eleitoral”, disse o ministro.

Pela manhã, Tebet e outros ministros participaram, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da cerimônia de posse do Conselho de Participação Social e do lançamento do Processo de Elaboração Participativa do PPA. O conselho pretende replicar a experiência dos orçamentos participativos, em que a comunidade se reúne para apontar prioridades nos orçamentos para os anos seguintes. O governo quer repetir o processo com o PPA, plano que estabelece diretrizes para políticas públicas a cada quatro anos.

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Foto de © Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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