Confiança da indústria sobe 2,4 pontos em março e atinge maior índice desde outubro de 2022

A confiança do comércio aumentou 2,4 fatores em março, atingindo 94,4 fatores, de acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Base Getúlio Vargas (FGV IBRE). É o maior índice desde outubro de 2022 (95,7 fatores). Em relação às médias de deslocamento trimestral, o Índice de Confiança do Comércio (ICI) alcançou o resultado positivo primário após 5 meses de queda e um de estabilidade. Nesse intervalo, a variação foi de 0,4 fatores, chegando a 93,2 fatores.

A pesquisa realizada pelo instituto também avaliou o aumento da confiança em 13 dos 19 segmentos analisados. Em resposta ao FGV IBRE, esse otimismo está disponível em relação às perspectivas para os meses que se aproximam, independentemente da piora da noção do cenário atual. O Índice da Situação Atual (ISA) modificou-se negativamente em 1,3 fatores, permanecendo em 91,5 fatores. Esse é o pior resultado desde junho de 2020 (89,1 fatores).

No que diz respeito ao ISA, o que provavelmente mais afetou desfavoravelmente o índice, que caiu 2,7 fatores para 109,3 fatores, foi o indicador que mede a extensão do estoque. Quando esse índice está acima de 100 fatores, dá a entender que o negócio está trabalhando com estoques acima do que é fascinante, extremo.

Em relação ao Índice de Expectativas (IE) houve aumento de 6,1 fatores, passando para 97,5 fatores. É o maior resultado desde setembro de 2022 (98,0 fatores). Nos três meses seguintes, o indicador que avalia o emprego confirmou alta de sete,0 fatores, atingindo 101,8 fatores – voltando ao patamar de outubro nos últimos 12 meses.

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O conselheiro federal e coordenador da taxa de cobertura financeira do Conselho Financeiro Federal (Cofecon), Fernando de Aquino, explica que o avanço no Índice de Confiança do Comércio refletiu a expectativa e o otimismo dos empresários, por causa das apólices de seguro para estimular o consumo e o financiamento do setor.

“Esse índice de expectativas melhorou devido ao otimismo dos empresários do setor em relação às apólices de seguro para incentivar as transferências de ajuda aos setores de menor renda, mas também uma cobertura de crédito por parte dos bancos públicos, como o BNDES, que pode incentivar os setores de negócios ”, destaca Aquino.

Outro índice que confirmou a evolução foi o Trade Put no Estágio de Utilização da Capacidade, que variou positivamente em 0,3 fator de proporção, para 79%, após cair por oito meses consecutivos.

Perspectivas para os próximos meses

Apesar da alta do índice em março, Renan Gomes de Pieri, médico formado em economia pela Escola Paulista de Economia da Base Getúlio Vargas, explica que a situação do setor continua estável. Quando comparado com o mesmo intervalo nos últimos 12 meses, a confiança dos empresários diminui.

“Nos próximos meses, sempre teremos uma certa estagnação ou, pelo menos, uma oscilação na confiança dos empresários em um grau menor do que nos últimos 12 meses. Isso pelas dificuldades que o sistema financeiro entretanto enfrenta, numa perspetiva de desconto no exercício financeiro”, aponta o economista.

No entanto, Pieri também indica que melhorias mensais devido a elementos sazonais podem ocorrer nos próximos meses. “Ou apenas porque em momentos de pessimismo é natural que a confiança caia mais do que a realidade financeira justifica. Um pouco dessa retomada de março tem a ver com isso, o entendimento de que a situação só não é tão desfavorável quanto se previa”, explica o médico em economia.

Com informações de Brasil 61

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