Contexto internacional pode ampliar benefícios da reforma tributária
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (21) que o contexto internacional pode fazer com que a aprovação da reforma tributária brasileira gere benefícios econômicos ainda mais significativos para o país.
Feita durante o seminário Reforma Tributária: A Hora é Agora, na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, a afirmação levou em consideração as “vantagens competitivas únicas” do Brasil em relação à transição ecológica e, sobretudo, tudo, a uma geopolítica que favorece o país “mesmo por maus motivos”, como guerras e conflitos comerciais.
Haddad disse que o potencial de crescimento do país é muito maior do que o projetado pelos economistas.
“Fico ouvindo eles falarem que nosso potencial é crescer 1,5%. Isso não existe. Só temos baixo potencial de crescimento porque somos desorganizados. Se nos organizarmos não tem como crescer pouco. Principalmente neste período histórico, em que a geopolítica nos favorece até por motivos ruins, como guerras, conflitos comerciais, endividamento de continentes inteiros, casas desorganizadas em vários países”, disse o ministro.
transição ecológica
Outro fator favorável que pode ajudar o país a ganhar ainda mais com a aprovação da reforma tributária é a transição ecológica, “pela nossa matriz energética, que nos dá vantagens competitivas ímpares”, disse Haddad, referindo-se ao crescimento econômico esperado e à nova legislação, se for passado.
“Acho que estamos em um momento muito especial para a economia brasileira. Se continuarmos a dar os passos certos, e principalmente os que estão por vir, podemos entrar em um ciclo de desenvolvimento sustentável após muitos anos de crescimento magro e dificuldade em atender as necessidades da população e a necessidade de criar um ambiente de negócios mais favorável para nossos empresários brasileiros”, acrescentou.
Segundo o ministro, a reforma tributária faz parte desse cenário. “Já vi várias tentativas de reforma tributária. Quando eu estava no governo do presidente Lula, tivemos duas tentativas. Uma delas, com o apoio dos 27 governadores, que foram ao Congresso Nacional acompanhados do presidente, para entregar a proposta de emenda constitucional que não obteve êxito. Mas entendo que estamos num momento em que não temos outra alternativa (além da aprovação dessa reforma)”, acrescentou.