Custo do Brasil é R$ 1,7 trilhão maior que a média dos países da OCDE, segundo estudo

Custo do Brasil é R$ 1,7 trilhão maior que a média dos países da OCDE, segundo estudo
O preço de empreender no Brasil é cerca de R$ 1,7 trilhão maior do que o típico para localidades internacionais que fazem parte do Grupo de Cooperação e Desenvolvimento Financeiro (OCDE). Os dados constam de uma pesquisa lançada nesta quarta-feira (17) pelo Movimento Brasil Agressivo, em parceria com o Ministério do Aperfeiçoamento, Comércio, Comércio e Provedores (MDIC) e a Base Getulio Vargas (FGV).

O Preço Brasil apresenta um conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas e financeiras que encarecem e dificultam novos investimentos, além de prejudicar o cenário empresarial. A pesquisa mapeou o ônus extra que as empresas brasileiras devem pagar para fornecer dentro do país, em comparação com locais internacionais da OCDE.

O vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, afirmou que a pesquisa ajuda a entender as causas do baixo avanço do sistema financeiro brasileiro e quais são os métodos para solucionar os entraves.

“Temos agora um rústico de pequeno progresso. Se atuarmos nas causas, vamos ajudar a resolver e ter um progresso sustentável e mais forte. A Moção Brasil Agressivo, por meio de uma pesquisa, revela onde está o problema. Não é uma causa única, mas um conjunto de fatores que tornam o Brasil caro antes de rico.”

mandala

A pesquisa listou 12 eixos que auxiliam a digitar a Mandala Custo Brasil. A questão que quase tudo gera preços extras para as empresas brasileiras é exposta à geração de empregos. Pontos associados a talentos da força de trabalho, honorários trabalhistas e judicialização e ameaças trabalhistas oneram o setor produtivo a um preço entre R$ 310 bilhões e R$ 360 bilhões, anualmente.

As dificuldades associadas à taxa de impostos geram, ao todo, um preço a mais que varia entre R$ 270 bilhões e R$ 310 bilhões. Em terceiro lugar, a pesquisa destaca os limites associados ao fornecimento de infraestrutura. Preços logísticos e qualidade, regulamentação ambiental, capacidade de infraestrutura de telecomunicações, entrada na comunidade de saneamento e infraestrutura de mobilidade concreta caracterizam esse tema, que impacta o sistema financeiro em mais de R$ 250 bilhões.

Presidente da Câmara de Deputados do Brasil Agressivo, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) disse que o Congresso Nacional tem acatado medidas que podem viabilizar o desconto do Preço Brasil nos próximos anos, como o quadro de saneamento, o novíssimo combustível regulamento, o regulamento de autorizações ferroviárias e a autonomia da instituição financeira central. Ele disse que é preciso avançar em várias frentes, como no âmbito do setor elétrico, garantias de crédito e mercado de carbono e na fatura que gera debêntures de infraestrutura.

Jardim disse ainda que está garantido na aprovação da reforma tributária, que pretende simplificar a tributação sobre o consumo por meio da unificação de tributos federais, estaduais e municipais.

“Considero que em junho haveria a apresentação do relatório do deputado Aguinaldo Ribeiro e vamos aprovar, com certeza, a reforma tributária. Estou muito satisfeito por este tema ter, sem dúvida, amadurecido no Parlamento”.

Rogério Caiuby, diretor governamental do MBC, destacou que, em relação à pesquisa final, o Preço Brasil passou de R$ 1,5 trilhão para R$ 1,7 trilhão. De acordo com ele, o país deve avançar com mais rapidez para reduzir os obstáculos que impedem a competitividade das empresas brasileiras no cenário mundial.

“Nossas corporações são agressivas. A maioria deles tem capacidade para competir com qualquer empresa de diferentes localidades internacionais, mas esse preço fora da empresa é um fator que deve ser enfrentado de frente.”

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Com informações de Brasil 61

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