Déficit na balança comercial de produtos químicos recua 16,3% nos primeiros cinco meses de 2023

No resultado acumulado dos primeiros 5 meses do ano, o déficit comercial de produtos químicos atingiu US$ 19,6 bilhões. O valor é 16,3% menor do que o resultado para um período semelhante em 2022. Em comparação com os últimos 12 meses, o saldo comercial do indicador é negativo em US$ 59,1 bilhões. As informações são da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Pela Abiquim, entre janeiro e maio de 2023, os fluxos de produtos químicos resultaram em importações de US$ 25,9 bilhões e exportações de US$ 6,3 bilhões — quedas de 15,3% e 11,9%, respectivamente. , em comparação com o mesmo intervalo no ano passado.

Apesar da queda no déficit de equilíbrio do comércio, aumentos consideráveis ​​foram registrados nas porções corporais importadas de resinas termoplásticas (31,5%), fibras artificiais (20,8%) e diversos produtos químicos (5,0%).

As exportações entre janeiro e maio de 2023 foram de US$ 6,2 bilhões, com 5,8 milhões de toneladas. As quedas são de 11,9% e 9,2%, respectivamente. Segundo a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello, a queda nas exportações se deve ao atual contexto de dificuldades econômicas que a Argentina atravessa.

“Estamos tendo problemas para exportar mercadorias para a Argentina por causa dos problemas internos que eles estão enfrentando. Assim, reduzimos nossas exportações em 9,7% para a Argentina e a Argentina é nosso mercado, nosso companheiro predominante no Mercosul”, diz.

O diretor também aponta como obstáculo a falta de uma agenda para o setor no país.

“Para potencializar todo esse cenário, o trade químico quer uma agenda estruturante revolucionária, que veja o Brasil como um empreendimento nacional de crescimento industrial sustentável, a médio e longo prazo. Além disso, é importante e premente estarmos muito envolvidos com a cobertura do nosso comércio. Temos que priorizar a rápida retomada das faixas tarifárias padrão e a luta contra os surtos de importações, que estão deteriorando totalmente nossa capacidade de fabricação. De imediato estamos trabalhando com 33% de capacidade ociosa no setor químico”, diz.

Incentivos fiscais para o comércio de produtos químicos

A Abiquim destaca que, mesmo com um déficit menor nos primeiros 5 meses de 2023, a evolução acelerada no volume de importações pressiona o comércio e ameaça a própria manufatura nacional. O diretor de Economia e Estatística da entidade destaca a importância do Regime Particular do Comércio de Produtos Químicos para o setor.

“A retirada do Reiq e os cortes tarifários, agravados pelas reduções no LETEC para resinas termoplásticas, foram sentidos significativamente por equipes estratégicas de mercadorias químicas, — o que resultou em aumento necessário da ociosidade de suas capacidades de colocação. No entanto, uma chance de reverter essa situação está espelhada no avanço do Programa Gasolina de Uso, implantado pelo Conselho Nacional de Energia Elétrica (CNPE), que pode tornar o Brasil ainda mais agressivo, atraindo inúmeros investimentos que estavam represados ​​há um ao mesmo tempo, servindo para a reindustrialização da nação, uma das muitas metas das autoridades atuais”, pontua Fátima Giovanna.

A Reiq foi criada com o objetivo de vender e aumentar a competitividade do setor no Brasil. Com base no presidente da Câmara Parlamentar Paritária para a Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico, Plástico e Restantes Químicos, deputado Afonso Motta (PDT-RS), o Reiq é fundamental para a fase. Ele diz que o setor gera 2 milhões de empregos diretos e indiretos no país e fatura mais de US$ 200 bilhões por ano.

“A Câmara Parlamentar do Comércio de Produtos Químicos está trabalhando para reativar o total do Reiq, que é o regime especial para o comércio de produtos químicos. A Reiq é quem garante incentivos e, certamente, trabalha bastante com o problema da competitividade. Então dê uma boa olhada na escala do comércio, na química brasileira e na importância que ela tem nesse contexto”, diz.

No final de 2022, o Congresso Nacional derrubou o ‘veto 32’, que revogava a manutenção do Reiq até 2027. Com a derrubada do veto, o texto que já havia sido aceito pela Câmara e pelo Senado entrou em pressão mais uma vez, restaurando o acabamento gradual do Rei

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Com informações de Brasil 61

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