Desemprego cai para 8,3% no trimestre encerrado em maio, diz IBGE
A taxa de desemprego foi de 8,3% no trimestre encerrado em maio, com queda de 0,3 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre anterior, de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023. É a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015, quando também ficou em 8,3%. Em comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desemprego caiu 1,5 pp
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Essa queda no trimestre foi mais influenciada pela queda no número de pessoas procurando trabalho do que por um aumento significativo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução da taxa de desemprego”, disse, em nota, Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios.
A população desocupada ficou em 8,9 milhões de pessoas, queda de 3% em relação ao trimestre anterior e -15,9% em relação ao mesmo período de 2022. O contingente de ocupados, em 98,4 milhões, ficou estável na comparação trimestral e cresceu 0,9% em o ano.
“Embora não tenha havido expansão significativa da população ocupada total no trimestre, houve algumas diferenças pontuais em algumas atividades econômicas. A maioria se manteve estável, mas foi observada queda no número de trabalhadores na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,9%, ou menos 158 mil pessoas) e expansão na administração pública, defesa, previdência social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 429 mil pessoas)”, disse Adriana.
“No caso do grupo administração pública, defesa, previdência social, educação, saúde humana e serviços sociais, o crescimento foi impulsionado pelo segmento de educação e pela inserção de servidores sem carteira de trabalho assinada”, acrescentou o coordenador.
Segundo o IBGE, no panorama anual, houve aumentos nos setores de transporte, armazenagem e correio (4,2%, ou mais 216 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,8%, ou mais 440 mil pessoas) e administração pública, defesa, segurança social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais 764 mil pessoas) e reduções nos grupamentos da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,2% , ou menos 542 mil pessoas) e Construção (-3,7%, ou menos 274 mil pessoas).
Artigo alterado para correção de título, às 11h10. Desemprego recuou PARA 8,3% e não 8,3% inicialmente divulgado.