Dólar cai a R$ 4,79 e fecha semestre com queda de 9,28%

Dólar cai a R$ 4,79 e fecha semestre com queda de 9,28%
Dólar cai a R$ 4,79 e fecha semestre com queda de 9,28%

Em dia de otimismo nos mercados doméstico e internacional, o dólar voltou parte das últimas altas e fechou novamente abaixo de R$ 4,80. A moeda teve o maior recuo no primeiro semestre desde 2016. A bolsa teve leve queda, mas encerrou junho com o melhor mês desde o fim de 2020.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (30) cotado a R$ 4,79, com forte queda de R$ 0,057 (-1,19%). A cotação até abriu em alta, a R$ 4,87, mas inverteu o movimento e começou a cair na primeira meia hora de negociação.

A moeda norte-americana encerrou junho com recuo de 5,58% e acumula queda de 9,28% no primeiro semestre. Essa foi a maior queda nos primeiros seis meses do ano desde 2016.

No mercado de ações, o dia foi menos otimista. O índice B3 Ibovespa fechou aos 118.087 pontos, com queda de 0,25%, após alta durante a maior parte do dia. Apesar do recuo desta sexta-feira, o indicador encerrou junho com expressiva alta de 9,15%, amparado pelo ingresso de capitais estrangeiros e pela perspectiva de queda dos juros no Brasil a partir do segundo semestre. No ano, a bolsa sobe 6,33%.

No mercado doméstico, o anúncio da meta oficial de inflação de 3% para 2026, com a introdução de um horizonte mais flexível para a partir de 2025, foi bem recebido pelos investidores. Na quinta-feira (29), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a meta de 3% para os próximos três anos está em linha com as expectativas do mercado e mostra a responsabilidade do governo no controle da inflação.

No cenário externo, os dados da economia norte-americana, que mostraram núcleos de inflação (índice de inflação sem preços mais voláteis) e gastos do consumidor abaixo do esperado, reduziram a pressão sobre o dólar que afetou os mercados globais nos últimos dias. A atividade econômica em desaceleração aumenta as chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) não aumente os juros da maior economia do planeta na próxima reunião.

*com informações da Reuters

Foto de © Valter Campanato/Agência Brasil
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