Dólar tem forte alta e fecha a R$ 4,93 com dados dos Estados Unidos

Em um dia de forte turbulência no mercado internacional e negociações em torno da reforma tributária no Brasil, o dólar subiu fortemente e fechou acima de R$ 4,90. O mercado de ações caiu quase 2% e atingiu a mínima de uma semana.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (6) cotado a R$ 4,93, com alta de R$ 0,08 (+1,64%). A cotação operou em alta ao longo da sessão, chegando a R$ 4,94 na máxima do dia, por volta das 13h15.

Com a alta de hoje, a moeda norte-americana atingiu a maior cotação desde 5 de junho, quando também fechou vendida a R$ 4,93. A cotação acumula alta de 2,92% apenas nos primeiros dias de junho. Em 2023, a moeda cai 6,63%.

Na bolsa, o dia também foi tenso. O índice B3 Ibovespa fechou aos 117.426 pontos, com queda de 1,78%. O indicador operou em queda ao longo do dia e fechou no menor nível desde 28 de junho.

Em todo o planeta, o mercado financeiro teve um dia tenso após a divulgação da notícia de que o setor privado americano abriu 497 mil vagas no mês passado, bem acima das expectativas. O desempenho do mercado de trabalho reacendeu as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) possa aumentar a taxa básica de juros nos Estados Unidos até o final do ano ou adiar a prometida queda para o ano que vem.

As altas taxas de juros nas economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e o mercado de ações. No mercado doméstico, os investidores reagiram ao atraso na votação da reforma tributária e ao atraso na votação de projetos de interesse da área econômica do governo, como o novo marco fiscal e mudanças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

A Agência Brasil está veiculando apenas matérias sobre o fechamento do mercado financeiro em dias extraordinários. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não são mais divulgados diariamente.