Dólar volta a R$ 5 com divulgação do PIB e acordo nos Estados Unidos

Influenciado pelos cenários interno e externo, o mercado financeiro teve um dia de alívio nesta quinta-feira (1º). O dólar caiu pela primeira vez após três altas seguidas e voltou a ficar perto de R$ 5. A bolsa subiu mais de 2% e recuperou as perdas recentes.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 5,006, com queda de R$ 0,067 (-1,31%). A cotação operou em leve baixa durante a manhã, mas intensificou a queda à tarde, até fechar na mínima do dia.

Na quarta-feira (31), a moeda norte-americana havia fechado a R$ 5,07 e atingiu o maior patamar em quase duas semanas. Com o desempenho desta quinta-feira, a moeda acumula queda de 5,19% em 2023.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice B3 Ibovespa fechou aos 110.565 pontos, com alta de 2,06%. O indicador foi impulsionado pelas ações das empresas petrolíferas e mineiras, que beneficiaram da valorização do mercadorias (bens primários com cotação internacional) e pelas ações de bancos e varejistas, que subiram após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) do primeiro trimestre.

O crescimento de 1,9% da economia brasileira nos primeiros três meses do ano superou as expectativas das instituições financeiras. O superávit comercial recorde em maio contribuiu para reduzir as pressões sobre a taxa de câmbio, pois o resultado indica aumento da entrada de divisas no país.

No cenário internacional, a aprovação do acordo que permite a ampliação do teto da dívida pública norte-americana reduziu as pressões sobre o dólar. Aprovada pela Câmara dos Deputados dos Estados Unidos nesta quarta-feira (31), a proposta precisa ser votada até segunda-feira (5) pelo Senado, onde a resistência é menor. A proximidade do fim do impasse impulsionou os preços dos mercadoriascomo petróleo e minério de ferro, que haviam caído nos últimos dias.

*Com informações da Reuters