Eletrobras will maintain Luz para Todos for another 12 months

Eletrobras will maintain Luz para Todos for another 12 months
Eletrobras will maintain Luz para Todos for another 12 months

Os programas Luz para Todos e Mais Luz para a Amazônia, do Ministério de Minas e Energia (MME), continuarão sob gestão da Eletrobras por mais 12 meses, conforme decisão da Assembleia Geral Extraordinária da ex-estatal empresa. Após esse período, os programas deixarão de ser administrados pela empresa, e passarão para a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (Enbpar), informou o Agência Brasil você é MÃE.
O ministério esclareceu que “para garantir uma transição adequada e segura – especialmente para os beneficiários desta importante política pública – a Eletrobras permanecerá por mais um período na gestão do programa”.

O ministério informou que não só dará continuidade aos programas como pretende reformulá-los, “para que sejam ainda mais inclusivos, garantindo o acesso ao serviço de energia elétrica a todos os brasileiros e brasileiras”.

O vice-presidente executivo de Regulação e Relações Institucionais da Eletrobras, Rodrigo Limp Nascimento, disse ao Agência Brasil que a empresa, como empresa estatal, era responsável pela gestão de diversos programas governamentais de universalização da energia elétrica. Entre eles, o Luz para Todos, criado em 2003 e que já beneficiou mais de 15 milhões de pessoas que não tinham acesso à energia; o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), o mais antigo programa de governo na área de energia, criado em 1985, do qual a Eletrobras era responsável por financiar e executar ações de eficiência energética; o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), que visa aumentar a participação de fontes renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas, eólicas e termelétricas a biomassa, na produção de energia elétrica; O Mais Luz para a Amazônia (MLA), criado em 2020, tem como proposta levar energia limpa e renovável a famílias que vivem em áreas remotas, com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Em dezembro do ano passado, o MLA beneficiou mais de 44 mil pessoas.

Transição

“A Eletrobras, como empresa estatal, era responsável pela gestão de todos esses programas. Com as capitalizações e privatizações, foi criada a Enbpar, que será responsável por esses programas”, disse Rodrigo Limp.

Ele disse que o modelo de privatização previa uma transição de até 12 meses para que essa transferência ocorresse, o que envolve ajustes no sistema, treinamento de equipes, transferência de conhecimento e informações históricas das duas empresas.

Limp destacou que passados ​​os 12 meses, todos os programas do MME foram transferidos para a Enbpar, com exceção do Luz para Todos e do Mais Luz para a Amazônia, objeto de portaria do ministério que estendeu o período de transição por mais 12 meses.

A direção e diretoria da Eletrobras entenderam que esses programas são extremamente importantes para o país, para levar energia a quem não tem, em linha com a preocupação do MME com o aspecto social.

A prorrogação foi aprovada por 95% dos conselheiros da Eletrobras, “o que deixa bem clara a visão do acionista e a preocupação com a questão social do país e com as ações de sustentabilidade que a empresa deve continuar realizando”.

Entre as obrigações que estavam previstas no processo de descapitalização, estão os dois fundos de revitalização de bacias hidrográficas e o fundo de descarbonização da Amazônia. “São recursos que a Eletrobras tem a obrigação de aportar (recursos) e implementar as ações definidas pelos comitês gestores do governo federal”.

Nesses três programas do governo federal, a Eletrobras injetará cerca de R$ 1 bilhão por ano, até 2032. As obras são executadas por distribuidoras de energia. Neste ano, a Eletrobras já investiu R$ 900 milhões nos três fundos. “É um dos maiores programas ambientais do Brasil”, disse Limp.

A empresa agora é responsável pela construção da linha que ligará Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Roraima é o único estado brasileiro que permanece isolado do sistema. Essa linha trará benefícios para Roraima ao reduzir a geração termelétrica, além de reduzir custos, fornecendo energia confiável e de qualidade para todo o estado.

Foto de © Fernando Frazão/Agência Brasil
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