Em 2022, cadeia da soja e do biodiesel representou 27% do PIB do agronegócio brasileiro e gerou 2 milhões de empregos
Esses conhecimentos foram apresentados em uma pesquisa inédita realizada em parceria entre o Centro de Pesquisa Superior em Economia Utilizada (Cepea) e a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE).
O presidente da ABIOVE, André Nassar, definiu como foi o estudo e a importância de se fazer um balanço normal da soja e do biodiesel. “Essa empreitada começou principalmente pela conversa sobre o biodiesel, porém depois entendemos que era obrigatório não olhar apenas para a etapa do biodiesel, mas olhar para a cadeia da soja como um todo, olhar para uma parte do processamento de soja. O conceito com este trabalho é gerar dados de alta qualidade, bons dados, feitos com boas pessoas, de uma brilhante cadeia essencial para o Brasil”, esclareceu.
Progresso do negócio
Na comparabilidade entre 2010 e 2022, a cadeia da soja e do biodiesel cresceu 58%, enquanto o agronegócio cresceu 8% e o sistema econômico brasileiro 12%. Esses conhecimentos apresentam a melhoria constante na disponibilidade de mercadorias para o cliente final.
O diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da ABIOVE, Daniel Furlan, comentou como o conhecimento da pesquisa é um delineador da cadeia da soja e do biodiesel, abrindo novas alternativas para o setor. “Quanto mais faremos tentando medir a safra de soja, quanto mais mercadorias iremos gerar, mais PIB e mais empregos. Aumentar nossa capacidade de exportar farelo, óleo e possivelmente até biodiesel”, afirmou Furlan.
empregos e exportação
O estudo constatou que, nos últimos 10 anos, entre 2012 e 2022, o número de pessoas empregadas na cadeia da soja e do biodiesel cresceu mais de 80%. Com isso, a participação como gerador de empregos no agronegócio passou de 5,8% para 10,8%.
A professora e pesquisadora do Cepea Nicole Rennó, uma das coordenadoras do estudo, contextualizou outro aspecto importante trazido pela análise: a relação entre a expansão da produção rural e as exportações. “A fabricação na área cresceu mais rapidamente do que o processamento, e uma maneira de ver isso, que usamos, é o aumento e a participação das exportações na fabricação de soja integral. E essa participação foi crescendo ao longo do intervalo”, definiu.
Grande parte do material exportado é a soja, que corresponde a 78% da carga exportada em 2022. Apesar do desconto na participação, por conta das importações crescentes do Sudeste Asiático, África e Centro-Oeste, a China continua sendo a nação que mais provavelmente a maior importação, com 52,61% das exportações totais da cadeia.
Com informações de Brasil 61