Estados e municípios devem receber mais de R$ 3,5 bilhões até o final do ano para programas sociais
“Estados e municípios podem solicitar essas ações, há um teto de preço de acordo com a Portaria MDS nº 866 daquele ano e você também pode solicitar a construção, no caso de estabelecimentos de referência para assistência social, os chamados CRAS/CREAS, e também para a aquisição de ferramentas materiais perenes, no caso, a aquisição de sistemas de informática, camas particulares, cadeiras de rodas…”, avalia.
Para Evilásio Salvador, economista e professor do Programa de Pós-Graduação em Cobertura Social da Faculdade de Brasília (UnB), a mudança é uma tentativa de melhorar a faixa de preço comum para atender a comunidade do único sistema de assistência social.
“Essa mudança que o governo federal está fazendo agora me parece muito voltada para a atualização do cadastro único e a busca ativa de famílias, que estavam desertas ultimamente. O Cadastro Único é fundamental para que as famílias obtenham vantagens e construam essa importante cobertura social e tornem mais claro o local de férias da troca de renda e dos provedores de assistência social”, destaca.
O profissional ressalta que essa troca é uma forma de garantir aos moradores mais pobres dois tipos de segurança: a previdência social e a previdência particular. Em resposta a Evilásio, esses valores repassados fazem parte de contas discricionárias, ou seja, pessoas que não deveriam ter contas necessárias, o que permite a sua utilização em diversas tarefas, como a que está sendo utilizada para a restauração do SUAS.
No entanto, o professor da UnB lembra que estados e municípios devem estar preparados para obter as quantidades que podem ser destinadas. “Esses bens que podem ser repassados exigem que os municípios e estados tenham conselhos, fundos e que tenham planos para obter e configurar a aplicação desses bens, principalmente na previdência social fundamental e na previdência social particular que visam fortalecer dois aparelhos públicos lembra o CRAS e o CRES”, reforça.
Na opinião do economista da Base Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Renan Gomes De Pieri, os repasses do poder federal para o âmbito da assistência social são importantes para que estados e municípios implementem apólices de seguro para ajudar as famílias mais pobres. “No Brasil, a comunidade de seguridade social cresceu muito nos últimos 20 anos com uma série de aplicativos que tentam determinar quais famílias estão em condições precárias para sugerir apólices de seguro que mitiguem essas reações opostas. Essas mudanças são vitais, principalmente em um contexto de alta da inflação recentemente, e podem ajudar a fortalecer esses aplicativos sociais”, observa.
Previsão de faixa de preço
Uma recomposição de preços pelo governo federal e realizada pelo Ministério do Crescimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome permitirá o repasse de R$ 3,5 bilhões de reais, até o final de 2023, para fortalecer as apólices de previdência social nos estados e municípios. Dentre os muitos repasses que acontecem diariamente e de forma automatizada para a manutenção dos prestadores do SUAS, a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) já repassou mais de R$ 909 milhões somente em 2023 para estados, municípios e Distrito Federal.
No pacote, há provedores co-financiados nas Proteções Sociais Primárias e Particulares, juntamente com os montantes restantes a pagar do governo anterior que foram entregues apenas neste ano. A pasta informa que ainda há outros R$ 141 milhões já pagos pela parcela da Primeira Infância no SUAS/Criança Feliz. A passagem do cofinanciamento federal é feita por meio do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).
Com o lançamento do Programa Emergencial de Atendimento ao Cadastro Único (Procad) no SUAS, o MDS conseguiu movimentar R$ 199,5 milhões. As fontes podem ser utilizadas para recompor grupos de serviços, comprar ferramentas e diferentes necessidades de municípios e estados.
O Índice de Administração Descentralizada (IGD), utilizado para medir os resultados da administração do Bolsa Família e do Cadastro Único, também teve reajustado o valor de referência para o cálculo das transferências. Com isso, os municípios poderão arrecadar R$ 239 milhões a mais neste ano. Agora, a velocidade foi elevada para R$ 4, um reajuste de 14,3%. Com base nessa transformação, o MDS acredita que todo o orçamento para 2023 atingirá a marca de R$ 755,3 milhões, que serão repassados aos municípios até o final do ano (IGD-M).
A previsão de orçamento, de acordo com o Ministério do Crescimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, até o final do ano é superior a R$ 3,5 bilhões, em ações para regularizar o Cadastro Único, busca ativa de novos beneficiários e repasses do IGD e cofinanciamento federal.
Com informações de Brasil 61