Exportações brasileiras de café mantêm ritmo mais fraco em 2023

Exportações brasileiras de café mantêm ritmo mais fraco em 2023
Dados do Conselho dos Exportadores de Café Expresso (Cecafé) apontam que as exportações brasileiras de café expresso seguem em ritmo mais lento nos primeiros meses de 2023. Embora os produtores tenham melhorado as negociações, eles continuam mais retraídos nas vendas brutas, prontos para reduzir custos altas do produto, que exibe direto nos embarques.

Segundo o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a queda nos embarques se justifica pela baixa temporada, após duas safras menores, impactadas pelas adversidades climáticas em áreas vitais para a produção.

O consultor de advertising da Safras & Mercado, Gil Barabach, explica como esses elementos têm se refletido na quantidade de embarques. “A safra que foi colhida no ano passado é uma safra abaixo do potencial, então você terá muito menos café. Você ainda tem um ângulo de retirada additional na parte do produtor. Então tudo isso foi espelhado dentro da quantidade de carga. Essa queda foi até antecipada na segunda metade da temporada, que é exatamente a primeira metade do ano”.

Barabach explica ainda que a queda também foi influenciada pela baixa produção. “Está em sintonia com a queda na fabricação, você pode ter muito menos café expresso lá fora em 2022. Isso inevitavelmente pode se refletir em uma queda na quantidade de exportação”, acrescentou.

Ao todo, as exportações de expresso inexperiente do Brasil ficaram em 2,3 milhões de malas de 60 quilos em fevereiro. O que representa uma receita internacional de mudanças de US$ 505,9 milhões. Uma queda de 33,3% em quantidade e 38,5% em receita.

Nos primeiros oito meses da safra 2022/2023, o Brasil exportou 24,6 milhões de bagagens, quantidade 7,7% menor do que a embarcada de julho de 2021 a fevereiro de 2022. Em termos de receita, o resultado continua otimista, em 13 % na mesma comparabilidade, com receita chegando a US$ 5,704 bilhões, com a situação refletindo os custos excessivos do produto.

Em janeiro e fevereiro deste ano, as exportações brasileiras de café expresso caíram 25,4%, passando de 7,008 milhões, no primeiro bimestre de 2022, para as atuais 5,226 milhões de bagagens. A renda segue trajetória análoga, chegando a US$ 1,117 bilhão, ou queda de 28,8% na comparação com o intervalo anterior.

Comercialização

A venda da safra brasileira de café expresso 2022/2023 até 8 de março atingiu 83% da produção, ante 78% no mês anterior. Informações da pesquisa mensal da Safras & Mercado também apontam que a participação nas vendas brutas está bem abaixo do mesmo intervalo no ano passado, quando estava em torno de 89% da safra. A circulação das vendas brutas também pode estar abaixo da média dos últimos anos para o intervalo, que é de 86%.

Em linha com a consultoria, já foram comercializadas 49,16 milhões de bagagens de uma produção estimada em 2022/2023 de 58,9 milhões de bagagens.

Para o consultor de advertising Gil Barabach, a circulação das vendas brutas segue bastante ritmada, mesmo com a última valorização dos custos. “Houve até um pouco mais de empresa, mas de uma forma muito escalonada e sem produzir grande estresse no aspecto de disponibilidade. A ideia de que havia café additional lá fora gerou maior curiosidade por parte do vendedor, o que não se traduziu em uma circulação constante e linear, mas acabou melhorando o quantity whole do negócio”.

A ideia do expresso additional lá fora, como resultado do ajuste de circulação, levou a consultoria a revisar em alta sua quantidade para a safra brasileira 2022/23, que elevou para 58,90 milhões de malas, contra 57,30 milhões de malas anteriormente. A fabricação está dividida entre 35,95 milhões de bagagens de arábica e 22,95 milhões de bagagens de conilon.

No entanto, o mercado continua atento à safra 2023/2024 e vê a safra com bons olhos. “O ápice do mercado já está na safra 2023, que pode começar a ser colhida rapidamente, a começar pelo conilon. O conilon já está lá na boca da safra, depois vem o arábica. Então, isso significa que já temos a aparência de uma nova safra no mercado. A expectativa é que haja uma excelente safra de arábica, que tem sido prejudicada ultimamente, por causa da seca, por causa da geada, mas este ano eles estão prevendo uma colheita completa. Portanto, há uma expectativa otimista em relação à safra”.

As vendas antecipadas da safra brasileira de café expresso 2023/24, que será colhida a partir de abril/maço, estão em apenas 19% do whole previsto para ser produzido. Em linha com Safras & Mercado, houve alta de apenas dois fatores de ação na comparação com o mês anterior. A proporção das vendas brutas está bem menor do que no mesmo intervalo do ano passado, quando estava em torno de 28% da safra.

Com informações de Brasil 61

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