Governo identifica problemas no rodízio do consignado do INSS

Governo identifica problemas no rodízio do consignado do INSS

Perto de definir um novo teto de juros para o crédito consignado para aposentados e pensionistas, o governo identificou novos problemas, como o rotativo (taxa cobrada no parcelamento das faturas) desse tipo de linha de crédito, disse nesta sexta-feira (24) o ministro de Finanças, Fernando Haddad. Segundo ele, o assunto já está sendo debatido pelo governo.
“Muitas famílias estão tendo problemas para sair do programa de folha de pagamento”, declarou Haddad ao voltar de uma reunião do Conselho Político do governo, no Palácio da Alvorada.

Com relação ao novo teto da folha de pagamento dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Haddad afirmou que o governo ainda está analisando o novo patamar, embora identifique novos problemas. “Estamos analisando. Alguns bancos já possuem taxa inferior a 2% (ao mês), mas identificamos outros problemas que precisam dela, que inspiram ainda mais cuidado, por exemplo, o rodízio do crédito consignado. Então estamos levantando outras questões para dar um encaminhamento”, disse.

Nesta sexta-feira, reuniram-se em São Paulo técnicos do governo e representantes de bancos que oferecem crédito consignado do INSS. As instituições financeiras apresentaram uma proposta de novo patamar que permitiria a retomada da concessão desse tipo de empréstimo.

Na próxima terça-feira (28), o novo teto deverá ser definido pelo Conselho Nacional de Previdência Social, conforme anunciado esta semana pelo Ministro da Casa Civil, Rui Costa. Segundo Haddad, a viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China não atrapalhará a decisão porque Lula e ele acompanharão as discussões à distância.

Histórico

Na semana passada, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) reduziu o teto de juros do crédito consignado de 2,14% para 1,7% ao mês aos aposentados e pensionistas do INSS. A agência também reduziu o limite de taxa do cartão de crédito consignado de 3,06% para 2,62% ao mês.

No final da mesma semana, diversos bancos privados e públicos, entre eles Caixa e Banco do Brasil, suspendeu a oferta de crédito consignado do INSS. Segundo o Banco Central, apenas quatro instituições financeiras cobravam taxas inferiores a 1,7% ao mês: Sicoob (1,68%), Cetelem (1,65%), BRB (1,63%) e CCB Brasil (1,31%). %).

Em visita a Haddad na terça-feira (21), o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Sidney Oliveira, disse que o governo e os bancos precisam sair do impasse e alcançar um platô que atenda aos anseios do governo e também viabilize economicamente o crédito consignado.

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