Haddad: há espaço para início do ciclo de corte de juros no país

Haddad: há espaço para início do ciclo de corte de juros no país
Haddad: há espaço para início do ciclo de corte de juros no país

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (17) que há espaço para iniciar o ciclo de corte de juros. No início deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, pela sexta vez consecutiva, a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano.
“Outra despesa muito importante com relação ao orçamento federal em relação à dívida são os juros reais. Também pouco é considerado. Neste ano, a estimativa de gastos reais com juros gira em torno de R$ 740 bilhões. que curiosidade: gastos injustificados alimentam juros reais porque é o desequilíbrio das contas públicas promovido pelos gastos tributários que faz com que o Banco Central eleve os juros devido à insustentabilidade da trajetória da dívida pública”, disse o ministro, em audiência pública no os deputados da Câmara dos Deputados.

Na avaliação de Haddad, o debate sobre a redução dos juros não afeta a autoridade e a autonomia do Banco Central, responsável por estabelecer o percentual adotado.

“Não estamos questionando a autoridade monetária, do ponto de vista de seu poder. Estou pensando no que é melhor para o Brasil. Com as medidas tomadas até agora, sim, haveria espaço para um gesto de mais confiança na economia brasileira, sem que houvesse nenhum percalço na inflação”, argumentou.

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Segundo o ministro, a discussão sobre transição ecológica e sobre recursos para a educação está na perspectiva da pasta. “Concluída a fase de regra tributária e reforma tributária, teremos um espaço para discutir o que é estratégico para o país. Vamos poder discutir a questão da transição ecológica, temos que rediscutir a questão da educação brasileira. Ontem foram divulgados indicadores de analfabetismo de crianças extremamente preocupantes”, afirmou. “Não é possível continuar vivendo com uma taxa de crescimento de 1% ao ano em média. Este ano devemos crescer perto de 2%, mas, na minha opinião, é pouco. Temos tudo para crescer acima da média mundial”, acrescentou.

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Foto de © José Cruz/Agência Brasil

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