IBGE reduz em 1,3% projeção de safra para este ano

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta época (9) uma nova previsão para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas para este ano. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em fevereiro deste ano, estimou a produção de 298 milhões de toneladas neste ano.
A previsão é de queda de 1,3% (ou 3,9 milhões de toneladas bem menos) do que o estimado no levantamento anterior, de janeiro. O desconto se deve principalmente à estiagem causada pelo fenômeno La Niña, no Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor do grão no país, segundo o IBGE.

Apesar disso, a colheita deste ano deve ser 13,3% maior (34,9 milhões de toneladas a mais) do que no ano passado.

A queda de janeiro a fevereiro se deve principalmente ao desconto nas projeções para as lavouras de soja (-1,7% em relação a janeiro), arroz (-2,5%), milho 1ª safra (-2,5%) e milho 2ª safra (-0,4 %).

Mesmo com as mudanças de previsão, prevê-se aumento, em relação a 2022, nas safras de soja (21,3%), milho (10,2%) e algodão herbáceo (1,4%). “A safra (de 298 milhões de toneladas) é um registro dentro da sequência histórica do IBGE. A fabricação de soja e milho pode ser um registro dentro da seqüência histórica”, diz o pesquisador do instituto, Carlos Barradas.

No entanto, as quedas são esperadas em lavouras como arroz (-6%) e trigo (-13,8%).

Em relação à área colhida, as estimativas do IBGE aumentarão, em relação ao ano passado, nas lavouras de soja (4,8%), milho (4,1%) e algodão herbáceo (1,2%). Antecipam-se quedas nas áreas a serem colhidas nas lavouras de arroz (-5,8%) e trigo (-2,8%).