Incentivos fiscais na área da Sudam devem ultrapassar R$ 6 bilhões em 2023

Todo o incentivo fiscal no espaço delimitado pela Superintendência do Crescimento da Amazônia (Sudam) deve ultrapassar R$ 6 bilhões em 2023. A estimativa é da Receita Federal do Brasil. O economista César Bergo explica que a Sudam, assim como a Superintendência do Crescimento do Nordeste (Sudene), desempenha o papel de vendedora de empresas na região onde atua.

“Tanto a Sudene quanto a Sudam são de fundamental importância para o evento das regiões Nordeste e Norte do país. Essas superintendências atuam justamente nessa promoção, no crescimento e no andamento financeiro dos negócios ali situados e também para que as iniciativas sejam viabilizadas do ponto de vista financeiro”, diz Bergo.

Entre os vários incentivos fiscais concedidos às empresas que atuam nas áreas onde funcionam a Sudene e a Sudam está o desconto de 75% no Imposto de Renda (IR) com base no faturamento, desde que tenham um empreendimento de instalação, crescimento, modernização ou diversificação em todo o abrangência dos setores do sistema econômico pensado em prioridades para o evento da região.

Além disso, a legislação prevê a possibilidade de depósito de 30% do valor do IR devido pelos empreendimentos, mais 50% do patrimônio pessoal, para reinvestimento em iniciativas de modernização ou aquisição de kit. No entanto, os incentivos são exclusivamente válidos até 31 de dezembro de 2023.

Extensão

Com o objetivo de estender esse prazo, o deputado federal Júlio Cesar (PSD-PI) ofereceu a PL 4416/2021, que prorroga a vigência das vantagens até 31 de dezembro de 2028. César Bergo lembra que o Brasil é um país rústico marcado por desigualdades financeiras e destaca a importância de estender as vantagens para o evento do Norte e Nordeste. Para ele, a ponta dos incentivos pode ter impactos negativos nas áreas.

“No que diz respeito à manutenção do subsídio, e autorizado até 2028, será mesmo crucial. É possível você ter novas iniciativas, é possível gerar empregos e renda naquela área e ainda reter mão de obra nessas áreas, servindo assim para evitar a migração desordenada. Você gera empregos na região e contribui para o crescimento de cada estado e então tem um ganho na economia do país como um todo”, diz o economista.

Com parecer positivo do relator, deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE), o PL 4416 consegue entrar na pauta de votação da Taxa de Estrutura, Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara. Se autorizado, o conteúdo textual provavelmente será enviado ao Senado para avaliação. O deputado federal José Medeiros (PL-MT) destaca que o Brasil quer alcançar a igualdade entre os estados. Ele lembra que as variações regionais são uma realidade vital a ser pensada para a manutenção dos incentivos.

“Esses estados que podem ser incluídos nesta área estão criando estados e as empresas nem sempre vão para essas áreas. Então, são estados que devem ser apoiados pela União e defendemos que os incentivos continuem até que venha uma reforma tributária que trate iguais e desiguais de acordo com sua desigualdade. Porque neste segundo o único fator que está dando algum preceito de isonomia são os incentivos fiscais”, argumenta o parlamentar.

A Sudene atua em todos os estados da região Nordeste, em parte de Minas Gerais e Espírito Santo. As operações da Sudam abrangem os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins e parte do Maranhão. A meta é divulgar, por meio de incentivos fiscais, o crescimento inclusivo e sustentável dessas áreas.

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Com informações de Brasil 61

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