Índice de Confiança do Consumidor acomoda em abril

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Base Getúlio Vargas, IBRE FGV, caiu 0,2 fator em abril, atingindo 86,8 fatores. Nas médias móveis trimestrais, o índice superou 0,3 fatores após 4 meses de queda, permanecendo em 86,1 fatores.

O economista Newton Ferreira explica a variação do índice: “Se considerarmos as médias móveis trimestrais, esse ICC aumentará 0,3 fator, após 4 meses de queda. Quero dizer, é contraditório usar informações semelhantes às médias de mudança trimestrais para limpar essas variações. Pode haver muita volatilidade e discrepância neste índice, o que não nos ajuda a olhar para o longo prazo, principalmente para as famílias de baixa renda”, esclareceu.

O economista também destacou o que puxou o índice para baixo este mês e disse que, em casos como este, é muito importante analisar as próximas ocasiões para ter expectativas de médio prazo. “Acredita-se que a intenção de comprar itens robustos vai desencadear esse desconto dentro do índice de confiança do cliente para os próximos meses, temos que estar atentos para esse crescimento”, analisou.

A instabilidade no valor de mercadorias importantes é apontada pelo produtor público Robson Ribeiro como motivo de desconfiança do cliente. “Eu me sinto um pouco desconfortável quando compro mantimentos lá fora, claro, porque o preço varia diariamente. E me lembro de uma vez que fomos ao mercado e havia alguém fazendo essas remarcações, com essas maquininhas, e achei horrível. Podemos comprar, por exemplo, pela manhã, 1 kg de feijão por um valor e quando for mais tarde pode haver uma nova troca de preço, então tenho medo desses casos”, alertou.

A intenção de comprar itens resistentes foi a mercadoria que mais influenciou a queda no ICC em abril. O indicador recuou 4,3 pontos, chegando a 80,5 pontos, caindo 55% das propriedades benéficas do mês anterior, principalmente nas faixas de rendimentos decrescentes. O indicador que mede as opiniões sobre a conjuntura de longo prazo do sistema financeiro agiu de forma idêntica, tendo caído 0,4 fatores, registando 112,4 fatores. Por outro lado, o indicador que mede as opiniões sobre a situação monetária de longo prazo do agregado familiar elevou-se em 3,5 fatores, atingindo 100,1 fatores, o melhor resultado final desde dezembro de 2022.

O resultado de abril foi influenciado principalmente pela piora da confiança dos clientes com rendimentos das famílias abaixo de R$ 2,1 mil, cujo indicador recuou 7,9 fatores após alta de 4,0 fatores em março. Somente em residências com maior consumo de energia eles atingem a extensão de 90 pontos. Nas faixas com rendimento familiar acima de R$ 4.800,01, houve elevação do indicador. O avanço é fruto de uma melhora nas expectativas para os próximos meses, acompanhada de relativa estabilidade na noção de cenário atual.

Com informações de Brasil 61

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