Inflação pelo IPC-S desacelera 0,70% na primeira avaliação de abril

O Índice de Valor do Cliente Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,70% no primeiro quadrimestre de abril, na comparação com o mês anterior, que fechou em 0,74%. A variação arrecadada em 12 meses foi de 3,65%. As informações foram coletadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Base Getulio Vargas (FGV Ibre).

Em linha com o cálculo, 4 das oito classes de despesas que compõem o índice registraram queda nos encargos de variação, com destaque para o grupo Transportes (2,82% para 2,27%). Nessa classe de despesa, a queda foi puxada pelo licenciamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), cujo valor variou 1,49%, ante 3,52% na versão anterior do IPC-S.

As próximas equipes também apresentaram menor: Habitação (0,94% para 0,82%), Saúde e Cuidados Privados (0,96% para 0,89%) e Comunicação (0,30% para 0,21%).

Para o médico de economia e professor da Faculdade Mackenzie Hugo Garbe, o resultado é otimista, sinalizando que a inflação brasileira está cedendo aos juros. “No entanto, é importante lembrar que, com base na FGV, houve um aumento da inflação em alguns times de despesas”, ressalta.

O avanço da inflação foi resultado das equipes Treinamento, Estudo e Recreação (-1,90% para -1,41%), Alimentação (0,15% para 0,30%), Vestuário (0,11% para 0,34%) e Contas Diversas (0,16% para 0,17%).

Nessas classes de despesa, seu preço faz menção aos próximos gadgets: passagens aéreas (-9,75% para -7,93%), verduras (-1,83% para -0,79%), roupas femininas (0,06% para 0,67%) e tarifa postal (0,18% para 0,62%).

Foto: FGV Ibre

O economista e pesquisador da Faculdade Estadual de Campinas (Unicamp) Felipe Queiroz argumenta que ainda é possível reduzir a taxa básica de juros sem afetar o desenvolvimento da inflação. De acordo com ele, muitos dos indicadores estão relacionados a componentes externos. “Nossa gasolina continua em pé de igualdade com o mercado mundial. A tarifa de energia elétrica depende da chuva, como estão os reservatórios de água, as lavouras, qual matriz, o elemento”, ressalta.

Ele experimenta que esses componentes corroboram o entendimento de que a inflação no Brasil está relacionada a preço e oferta, não demanda.

Projeção para os próximos meses

Para Felipe, é possível que a economia brasileira tenha impactos destrutivos nos próximos meses. É porque a Organização das Nações Exportadoras de Petróleo (OPEP) anunciou que reduzirá a oferta de petróleo, com um mínimo preliminar de 1 milhão de barris por dia, de maio até o final do ano. “Isso tem impacto direto no valor da gasolina no mercado interno”, alerta.

O mercado interno, referente aos alimentos, depende de componentes equivalentes a chuva, colheita e valor no mercado mundial. “Todos esses componentes ajudam a saber como anda a inflação dentro do país e são variáveis ​​nas quais devemos estar sempre atentos”, explica.

O seguinte cálculo do IPC-S, associado à segunda quadrissemana de abril, pode ser revelado no dia dezessete de abril.

Com informações de Brasil 61

0 0 votos
Avaliação
Acompanhar
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais novo
Mais velho Mais votado
Feedbacks em linha
Ver todos os comentários
0
Gostou do post? Faça um comentário!x