IPCA aumentou 0,71% em março; pontos IBGE

O Índice Nacional de Valor do Cliente Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,71% em março, de acordo com informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A quantidade é de 0,13 fator de participação (pp) menor do que em fevereiro, quando a variação foi de 0,84%. Nos últimos 12 meses, o Brasil acumulou alta de 4,65%.

Benito Salomão, mestre e aluno de doutorado em economia, alerta que o resultado foi excessivo, principalmente para um determinado mês. “Isso no contexto do sistema financeiro brasileiro, onde houve inflação acumulada excessiva, em torno de 6% ao ano. Em doze meses, é inflação excessiva”, destaca.

Das 9 equipes dos serviços pesquisadas, oito tiveram alta no mês de março. A exceção foi Bens de consumo doméstico (-0,27%), que teve alta de 0,11% em fevereiro.

O principal destaque do índice coube a Transportes, que teve a melhor impressão (0,43 pp) e variação (2,11%). A alta foi puxada pela gasolina, que subiu 8,33% e teve uma impressão pessoal de 0,39 pp

No final de fevereiro, o governo federal anunciou o aumento do preço do gás para 1º de março. Assim, a gasolina passou a ter uma incidência de R$ 0,47 por litro.

Com base no IGBE, o cálculo do IPCA é feito desde 1980 e abrange dez regiões metropolitanas do país e os municípios de Goiânia (GO), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC), São Luís (MA) , Aracaju (SE) e Brasília (DF). Mês a mês, o índice analisa as famílias com renda mensal de um a 40 salários mínimos, independentemente da oferta.

Impactos para os habitantes

As autoridades federais utilizam o IPCA como índice de inflação oficial do Brasil. Quando a variação salarial, de um ano para o outro, é menor que o índice, o cliente brasileiro perde comprando energia, já que os custos sobem mais que a receita.

Com base em Salomão, a alta de 0,71% em março impacta principalmente as camadas menos favorecidas da população. “Certamente, isso significa um preço de vida melhor, o que prejudica ainda mais os consumidores de baixa renda e torna a vida mais cara”, alerta ele.

Para o professor de Economia do Ibmec de Brasília, William Baghdassarian, inflação excessiva significa que, com o mesmo salário, as pessoas compram menos itens. No entanto, com inflação baixa ou desfavorável, as pessoas compram itens extras. “Então, o melhor é que o governo federal, por meio do Banco Central, contrate apólices de seguro para manter a inflação dentro de um nível certo que não prejudique muito a população”, diz.

Independentemente da alta, Salomão informa que as perspectivas para os meses que se aproximam certamente são de maior otimismo, pois o cenário fiscal brasileiro está a caminho de se resolver. “O Banco Central poderá, sem dúvida, reduzir a taxa de juros que prejudica a inflação e o preço da vida”, explica.

Com informações de Brasil 61

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