Lula diz que investimento em defesa fortalece economia

Lula diz que investimento em defesa fortalece economia
Lula diz que investimento em defesa fortalece economia

President Luiz Inacio Lula da Silva visited hoje (23), Complexo Naval de Itaguaí de janeiroonde são construídas as embarcações do Programa de Submarinos da Marinha (Prosub), considerado estratégico.
Para o presidente, os investimentos na área de defesa fazem parte de uma estratégia para fortalecer a economia brasileira e gerar emprego e renda.

Lula defendeu que não se pode pensar apenas no lado negativo, pelo contrário, é preciso acreditar no lado positivo, inclusive na questão da falta de recursos financeiros.

“Se não tem dinheiro no Orçamento para investir, vamos fazer parcerias com a iniciativa privada para que as PPPs (Parcerias Público-Privadas) sejam construídas e façam os investimentos que o Brasil precisa”, afirmou.

Segundo o assessor-chefe do Programa de Submarinos da Marinha, contra-almirante Luiz Roberto Cavalcanti Valicente, o acordo que deu origem ao Prosub foi assinado com a França em 2008, durante o segundo mandato de Lula.

“Quando vi a necessidade de desenvolver uma indústria de defesa no Brasil, foi porque em todos os países a indústria de defesa contribui para a economia como um todo, além de preparar nossas operações de forma mais sofisticada, com muito conhecimento científico e tecnológico conhecimento. Forças Armadas e o próprio país”, disse Lula, em entrevista.

Durante a visita, o presidente conheceu o submarino Humaitá, que está em fase final de testes no mar. Espera-se que seja entregue às operações da Marinha ainda este ano.

Propulsão

O Humaitá é o segundo de uma frota de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel-elétrica. Ele e outro de propulsão nuclear compõem o Prosub, cujo orçamento previsto é de R$ 40 bilhões, incluindo a construção de embarcações e a infraestrutura do Complexo Naval de Itaguaí, onde funcionam três estaleiros de construção e manutenção, além da unidade fabril de estruturas metálicas.

“A Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados ​​SA) faz os cascos dos submarinos e depois eles são recheados na Ufem (Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas), montados aqui no canteiro de obras e lançados ao mar. Toda essa infraestrutura e a base naval futuramente (será) um complexo especializado de manutenção para abrigar aquele que é o principal objetivo, a grande meta do nosso programa: nosso submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear”, disse.

Disse também que o fato de ter esse tipo de propulsão não significa que a embarcação seja uma arma nuclear. “Ressaltamos (que) esse nome é SCPN (Submarino Convencional de Propulsão Nuclear), o submarino armado convencionalmente para deixar claro que é um submarino com armamento convencional, como temos agora. Apenas a sua propulsão será nuclear, o que lhe confere uma enorme autonomia. Ele pode ficar muito mais tempo debaixo d’água, ficar no mar, ou seja, aumenta muito as capacidades do submarino”, assegurou.

mais submarinos

Em setembro do ano passado, foi entregue o submarino Riachuelo, que passou a fazer parte das operações da Marinha e hoje passa por manutenção em Itaguaí, no Rio. “Já se passaram quase 140 dias de marestá patrulhando nossa grande e vasta Amazônia Azul”, informou.

Segundo o assessor-chefe do Programa de Submarinos da Marinha, o Tonelero será entregue em 2024, e o Angostura, em 2025. simuladores e treinamento de tripulação.

Valicente destacou que o SCPN é o principal objetivo para o qual o Prosub foi concebido. Atualmente está em fase de detalhamento do projeto. As primeiras partes do casco serão cortadas em testes ainda este ano na Itaguaí Construções Navais (ICN), empresa francesa. Embora não tenha indicado uma data para a entrega do SCPN, estimou que seria a partir da década de 2030.

Foto de © Tânia Rêgo/Agência Brasil
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