Medida que encarece frete pode pesar no bolso do consumidor, diz assessor da CNA

A assessora técnica da Taxa Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisangela Pereira Lopes, afirma que as modificações propostas pela medida provisória que altera a cobertura do seguro de frete podem prejudicar o cenário econômico nacional sistema. Segundo ela, o preço do transporte já está alto no país.

“Atualmente, devido à falta de infraestrutura suficiente, à escassez de capacidade portuária em algumas áreas, o preço do transporte chega a ser 40% maior do que os principais rivais. Isso gera ineficiência dentro do sistema econômico, e em todo o país que se reflete no preço de nossas refeições. Fora do país, como os custos são decididos pelo Comércio Mundial de Estoques, esses preços acabam sendo assimilados pelo produtor agrícola e toda a cadeia envolvida”, explica.

No texto original da Medida Provisória 1.153/2022 havia apenas uma cobertura de seguro necessária para cobrir o transporte de cargas (proteção contra acidentes), as demais eram não obrigatórias (proteção contra roubo e proteção contra danos a terceiros). No entanto, uma modificação da MP autorizada na Câmara dos Deputados tornou os três seguros necessários para os transportadores autônomos ou cooperados.

O deputado federal Domingos Sávio (PL-MG) classifica a medida como intervencionista e perigosa à liberdade de mercado, por causa da ameaça de aceleração do preço do transporte.

“Todo empresário tem que prestar atenção no que está fazendo. Não dá para impor um preço que pode ser extraordinariamente oneroso, principalmente para o agro brasileiro. Porque o Brasil está entre os maiores exportadores de alimentos do planeta e dependerá principalmente do transporte de cargas. Se por acaso colocar uma regulamentação dessa natureza dentro do transporte de cargas, deve afetar o Custo Brasil, deve deixar o Brasil bem menos agressivo para as exportações e vai pesar no bolso do cliente brasileiro quando for esse refeitório o cliente brasileiro”, destaca.

transporte de carga

O agronegócio está entre os setores que quase todos valorizam o transporte rodoviário de cargas. Informações do levantamento feito pela Transportebras, comece Pensada na maior plataforma de transporte de cargas da América Latina, constatou que, das dez milhões de cargas transportadas em 2022, 36,3% delas foram para mercadorias do agronegócio, provavelmente a classe mais consultora da plataforma.

De acordo com o assessor da CNA, o setor de transporte de cargas também deve sofrer impactos. Um dos muitos fatores da medida provisória estabelecia a exclusividade da contratação de seguro pelos transportadores, mesmo quando os embarcadores, ou seja, os donos da casa dos produtos, tivessem condições extras para barganhar os custos.

“As próprias operadoras começam a lucrar muito menos com essas ineficiências financeiras. Porque todos sabemos que um transportador autônomo age sozinho. O embarcador, no entanto, normalmente faz centenas de transações de transporte por 12 meses, então a partir do segundo que ele pode decidir sobre a cobertura do seguro da carga, ele pode negociar, dada a quantidade de demanda que ele tem com a seguradora, a um preço de seguro menor. cobertura. Uma coisa que o transportador autônomo, atuando sozinho, não pode ter esse poder de barganha para negociar um seguro de transporte menor”, ​​ressalta.

Elisangela Lopes destaca ainda que o melhor seria um diálogo entre transportadoras e embarcadoras para um ajuste final dentro da medida provisória, já que uma depende da outra.

“É preciso haver um diálogo entre os atores envolvidos, cada um dos transportadores e embarcadores, para que {uma} negociação seja feita com o objetivo de diminuir os preços do transporte. Com esse desconto, todos saem ganhando: as transportadoras, pois podem reduzir seus preços e ganhar uma renda extra. E também os embarcadores, que conseguem ser mais agressivos ao oferecer mercadorias mais baratas tanto nas prateleiras dos supermercados quanto no mercado internacional”, argumenta.

A Medida Provisória 1153/22 aguarda estudo no Senado e precisa ser deliberada até 1º de junho.

MP que transfere contratação de seguro para transportadoras de carga pode aumentar custos

Com informações de Brasil 61

0 0 votos
Avaliação
Acompanhar
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais novo
Mais velho Mais votado
Feedbacks em linha
Ver todos os comentários
0
Gostou do post? Faça um comentário!x